Dinheiro público começa a encher os cofres dos partidos

Cerca de R$ 705 milhões de um total de R$ 1,7 bilhão de recursos públicos que vão financiar candidaturas nas eleições de 2018 já foram liberados a 12 dos 35 partidos registrados. Foi o primeiro pagamento do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, que libera os recursos em parcela única aos partidos, obrigados a explicar como farão o rateio do dinheiro entre os candidatos.. diz a Agência Contas Abertas.

O MDB é o partido que mais receberá recursos do Fundo Eleitoral. No último dia 8, foram depositados na conta do partido R$ 231 milhões. De acordo com resolução aprovada pela direção partidária, o candidato à presidência da República, Henrique Meirelles, não receberá recursos do fundo. A prioridade, diz o partido, é reeleger os atuais deputados e senadores, que receberão, respectivamente, R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões, cada.

O rateio emedebista levará em conta “a viabilidade eleitoral” dos candidatos. E vai considerar “a prioridade de reeleição dos atuais mandatários, a probabilidade de êxito das candidaturas, bem como a estrate?gia poli?tica-eleitoral do partido em âmbito nacional, no tocante ao crescimento de suas bancadas na Câmara dos Deputados e no Senado Federal”.

O PSDB, segundo partido que mais recebeu recursos do Fundo Eleitoral até agora, não entrou em detalhes da estratégia de divisão dos R$ 185,9 milhões a que teve direito. O partido se limitou a informar ao Tribunal Superior Eleitoral que destinará 30% do total às candidaturas femininas, e o restante será repartido em três partes iguais entre os candidatos às eleições majoritárias nacionais (presidência da República e Senado), os candidatos a cargos majoritários estaduais (governados estaduais) e, finalmente, às candidaturas “masculinas” a deputados.

O Tribunal Superior Eleitoral exige que todos os partidos destinem pelo menos 30% dos recursos do Fundo Eleitoral às candidaturas de mulheres.

O PR, o terceiro no ranking dos que receberam maior volume de recursos públicos, também pretende usar o dinheiro para reeleger deputados e senadores, e sobretudo os deputados que obtiveram o maior volume de votos em 2014. As candidaturas à reeleição no Congresso ficarão com 70% dos R$ 113 milhões repassados ao partido.

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