Dinheiro nas nádegas era para pagar funcionários, diz defesa de senador

A defesa do senador Chico Rodrigues (DEM-RR) divulgou nesta segunda-feira (19) nota declarando que o dinheiro encontrado nas nádegas do parlamentar é de origem lícita e que seria destinado para o pagamento de funcionários. “O dinheiro tem origem particular comprovada e se destinava ao pagamento dos funcionários de empresa da família do senador”.  A informação é do Congresso em Foco.

Segundo a defesa, “ter dinheiro lícito em casa não é crime. O único ato ilícito deste caso é o vazamento dos registros da diligência policial arbitrária que ele sofreu”, escreve a defesa.

O texto, assinado pelos advogados Ticiano Figueiredo, Pedro Ivo Velloso e Yasmin Handar, classifica como “linchamento” a reação negativa sobre o caso do senador.

Chico Rodrigues foi flagrado na última quarta-feira (14) com dinheiro nas nádegas durante a Operação Desvid-19, que apura desvios de recursos da saúde em Roraima. Na última quinta-feira (15) ele foi destituído da vice-liderança do governo no Senado Federal.

O ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o afastamento do congressista por 90 dias. A decisão foi remetida para análise do plenário do Supremo em sessão marcada para a próxima quarta-feira (21).

A íntegra da nota:

Com relação aos fatos ocorridos na última semana e à reportagem exibida no fantástico ontem, A DEFESA DO SENADOR CHICO RODRIGUES manifesta sua perplexidade com o linchamento sofrido por ele, sem que haja qualquer prova contra sua conduta.

O dinheiro tem origem particular comprovada e se destinava ao pagamento dos funcionários de empresa da família do senador.

E mais: os recursos destinados por emenda parlamentar à Covid-19 em seu estado seguem nas contas do governo, de forma que nem ele, nem ninguém, poderia deter esses recursos.

O senador jamais sofreu qualquer condenação, ao longo de todos esses anos que se dedicou a vida pública, e agora está sendo linchado por ter guardado seu próprio dinheiro. Foi uma reação impensada, de fato, mas tomada diante de um ato de terrorismo policial, sem que haja qualquer evidência de desvio em sua conduta.

Ter dinheiro lícito em casa não é crime. O único ato ilícito deste caso é o vazamento dos registros da diligência policial arbitrária que ele sofreu.

Ticiano Figueiredo, Pedro Ivo Velloso e
Yasmin Handar, advogados de defesa do Senador Chico Rodrigues

 

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