A taxa de desocupação de brasileiros no terceiro trimestre deste ano foi de 11,8%, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do IBGE divulgada nesta terça-feira (19). No Paraná 8,9% da população está sem emprego, o que representa queda de 0,1 ponto percentual em relação ao trimestre imediatamente anterior, quando 9,0% dos que moram no Paraná procuravam trabalho. O índice é igual ao registrado no primeiro trimestre.
O alto índice de desemprego no País, no entanto, é estável na comparação com o mesmo trimestre de julho a setembro de 2018. A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.298 no trimestre encerrado no último mês.
Já o estado de São Paulo foi o único a registrar recuo no desemprego, passando a 12% de desocupados no terceiro trimestre desse ano, após registrar 12,8% no segundo trimestre. Na outra ponta, a desocupação aumentou apenas em Rondônia e atingiu 8,2%, uma alta de 1,5 ponto percentual. Os maiores níveis de desemprego foram observados na Bahia (16,8%), no Amapá (16,7%), e em Pernambuco (15,8%).
A pesquisa aponta também que, no Brasil, 46,9% dos desocupados estavam em busca de trabalho entre um mês e um ano; e 25,2% há dois anos ou mais, prazo que vem apresentando tendência de queda. Aqueles que procuram emprego há menos de um mês equivalem a 1,8 milhão de pessoas, enquanto 3,2 milhões procuravam uma ocupação há dois anos ou mais.
Informalidade – A taxa de informalidade da população ocupada – inclui empregados sem carteira assinada no setor privado, trabalhador doméstico sem carteira assinada, empregador sem CNPJ, trabalhador por conta própria sem CNPJ e auxiliar familiar – chega a 57,9% nos estados do Norte, 53,9% no Nordeste, 38,5% no Centro Oeste, 35,9% no Sudeste e 32,2% no Sul.
A proporção de empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado do país no 3° trimestre de 2019 foi de 26,4%. No Maranhão, Pará e Piauí a taxa chega a 50%. Rio Grande do Sul e Santa Catarina estão entre os Estados com os menores índices de trabalhadores sem carteira assinada, sendo 18,1% e 12,3%, respectivamente.
O número de pessoas que desistiram de procurar trabalho, os chamados desalentados, aumentou para 4,7 milhões no terceiro trimestre, ante 4,9 milhões no trimestre anterior. Bahia e Maranhão têm o maior número de moradores nessa situação, 781 mil e 592 mil pessoas, respectivamente.