Se o eleitor paranaense esperava decidir seu voto com o último debate entre os candidatos ao governo estadual promovido na noite desta terça-feira (2) pela RPC certamente perdeu seu precioso tempo. Não foi só o formato engessado do programa que prejudicou a discussão de ideias e propostas para o Paraná – foram os próprios candidatos que, nos momentos em que tiveram oportunidade de se expor perante o eleitor, divagaram sobre platitudes, obviedades, com abordagens rasas e desconectadas da realidade dos desafios centrais que o estado apresenta para não apenas para os próximos quatro anos mas para a próxima geração.
O tratamento dado pelos debatedores aos temas que lhes foram propostos ou que eles mesmos levantaram lembrou muito os comerciais de ofertas das redes de supermercado. Foi um varejão de produtos meramente eleitoreiros, salpicados de promessas típicas do pague um leve três – tal a quantidade do estoque de promessas que sobra nas suas usinas de marketing barato.
A visão imediatista deixou de lado questões fundamentais, faltou aquele olhar que faz a diferença entre estadistas e governantes – isto é, um desenho mais claro, preciso, amplo e profundo sobre de que modo identificam a realidade, com que condições orçamentárias vão contar, que estrutura da máquina administrativa seria mais adequada, sobre como entendem as vocações e potencialidades do Paraná, de que maneira imaginam possam contribuir para construir bases sustentáveis que garantam desenvolvimento a médio e longo prazos. Ficaram distantes da discussão questões geopolíticas, de interação do estado com outros estados, países e mercados, não se ouviu uma só palavra sobre planejamento estratégico.
Não, nada disso se viu no debate. O que se viu foram propostas quase chinfrins e genéricas para enfrentar os problemas do varejo cotidiano das pessoas, vendendo-lhes a preço de banana facilidades fantasiosas e enganosas, facilmente enquadráveis até no Código do Consumidor – como comboios da saúde, ressurreição de motes antigos que se aproximam do “baixa ou acaba” do pedágio, médico em sala de aula, bolsas de estudos para secundaristas na Inglaterra e Espanha, botijão de gás mais barato, salários melhores para servidores… Prometeram entregar mercadorias que sabem que não poderão entregar; o objetivo foi apenas conseguir pretensa simpatia (e votos) dos incautos.
O Paraná está pobre. Pobre de candidatos – todos eles menores que o Paraná merece.
Os mais velhos, que estudaram história ou que viveram tempos de Ney Braga, de Parigot de Souza e de Jayme Canet Jr., têm razão de sentir saudades dos grandes construtores mais recentes do estado, com obras e visões que persistem até hoje – à exceção da maioria substituída ao longo de décadas pela demagogia e pelo conchavo dos grupos políticos que os sucederam.
Loise está fumando coisa estragada! Há pressão sim, mas para ampliar para TODO FUNCIONALISMO A SINDICÂNCIA PATRIMONIAL!!! Tá mal informada!!!
Com tantas promessas, morrer será uma besteira.
E viva o insosso eleitor paranaense que faz parte desse varejão e nunca olhou o prazo de validade desses produtos políticos !!!
Com certeza as alternativas não são as melhores, então vou escolher o menos pior. No caso não será a Cida, pois ela é apoiada pelo Greca, que foi apoiado pelo Beto Tico Tico e em retribuição colocou o filho do Tico Tico na Secretaria de Esportes de Curitiba. Além disso, quando Greca estava com Requião, foi presidente da Cohapar e nomeou o João Arruda (sim, o que se envolveu no acidente com duas mortes) num cargo em comissão. Greca congelou o salário dos servidores e dos professores, não merece meu voto, então por tudo isso vou de Ratinho Jr.
Você vai é ganhar um cargo no desgoverno rato. Palhaço completo
“Cida criou um grupo de combate a corrupção, mas está sendo pressionada a alterar o Estatuto dos Fiscais da Receita, para livra-los da auditoria patrimonial iniciada pelo Requião e complementada pelo Mauro Ricardo. Sem a auditoria será caminho aberto para o enriquecimento ilícito!”.
Não consegui assistir dois blocos do debate, pareciam que todos tinham o “rabo preso”, ninguém puxava um fio sobre problemas de corrupção no governo que se encerra, com medo que esse fio levantasse seu próprio rabo.