Terminou nos primeiros minutos na madruga desta terça-feira (15) o primeiro debate entre os candidatos à Prefeitura de Curitiba Eduardo Pimentel (PSD) e Cristina Graeml (PMB) que disputam o segundo turno. O debate foi promovido pela TV Band Paraná e teve mediação da jornalista Alessandra Consoli, os candidatos tiveram duas horas para apresentar propostas e também realizar perguntas uns aos outros.
Houve trocas de farpas entre os candidatos durante os três blocos do debate. Os temas mais abordados foram saúde pública, pandemia de covid-19, transporte público, creches, educação, inteligência artificial, vacinas, ideologia, planos de governo e meio ambiente.
Eduardo Pimentel apresentou mais propostas para a cidade do que a sua concorrente. Cristina cobrou realizações da atual administração municipal. Na opinião dela, faltam vagas nas creches e há uma carência de habitações.
Um dos pontos altos do debate foi quando Pimentel mostrou que o plano de governo da adversária, feita quase na integralidade pela inteligência artificial, segundo ele, indica que a tarifa do transporte coletivo será mais alta para quem mora mais longe do centro. Ela, por sua vez, questionou o fato de uma empreiteira ter sido afastada unilateralmente das obras de conclusão da Linha Verde.
Na questão ideológica, Cristina afirmou que o candidato e os seus apoiadores – o prefeito Rafael Greca e o governador Ratinho Junior – são de esquerda, justificando que o partido deles – o PDS – ocupa três ministérios no governo Lula. Pimentel retrucou, dizendo que o partido dela – o PMB – é que é de esquerda, pois apoia a candidatura de Guilherme Boulos (Psol) à Prefeitura de São Paulo.
Pimentel defendeu o investimento em ônibus elétricos e reavaliação no preço da tarifa na capital paranaense, além de promover nova licitação para o serviço. Cristina também defendeu mudança na cobrança da tarifa e propôs a implementação de um VLT.
Cristina lembrou o caso da venda de ingressos para um jantar de arrecadação de fundo para a campanha de Pimentel. Ele destacou que o principal envolvido, num episódio considerado isolado por ele, já foi demitido.
Por fim, Pimentel afirmou que ele e o seu vice, Paulo Martins, são fichas limpas, enquanto o vice dela – Jairo Ferreira Filho – não é, já que foi condenado em segunda instância.
Segundo analistas e observadores políticos, “Pimentel foi mais seguro e propositivo, enquanto Cristina pareceu perder-se em ataques e defesas pouco eficazes”.