Dallagnol tem 15 dias para explicar atos suspeitos da Lava Jato

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) deu prazo de 15 dias para que o coordenador da Operação Lava Jato no Paraná, procurador federal Deltan Dallagnol apresente informações sobre atos da força-tarefa considerados suspeitos. O prazo foi informado a Dallagnol nesta quinta-feira (9) por meio de ofício assinado pelo relator do processo de investigação aberto no órgão, conselheiro Otávio Luiz Rodrigues Júnior.

No despacho, o relator diz que a apresentação das explicações se dá na condição de “interessado” e, portanto, sem a obrigatoriedade de manifestação.

O relator abriu ainda 15 dias para que a Corregedoria do MP apresente as informações que entender cabíveis, a respeito das diligências realizadas pela subprocuradora Lindora Maria Araújo, que antecedeu um pedido de “demissão”de toda a cúpula da Lava Jato em Curitiba. Ele também pediu que dados da Corregedoria-Geral do MPF sobre procedimento disciplinar em tramitação sejam compartilhados.

A apuração atende a um pedido feito nessa quarta-feira (8) pela Ordem do Advogados do Brasil (OAB) para que sejam apuradas a conduta de procuradores da República lotados no grupo de trabalho da Lava Jato  no Paraná, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Caso sejam encontradas irregularidades, a OAB pede punição para os agentes que não seguiram o rito legal dos inquéritos.

Entre os fatos apontados no pedido estão a possível “camuflagem” dos nomes dos presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,

e do Senado, Davi Alcolumbre,  em denúncia apresentada pela força-tarefa, além das acusações de que agentes do FBI (Federal Bureau of Investigation), a polícia federal norte-americana, teriam atuado em investigações realizadas no território nacional.

O pedido também lista os questionamentos feitos pelo atual procurador-geral da República, Augusto Aras, sobre o sistema de gravações telefônicas utilizado pelos procuradores.

A solicitação de investigação ocorre após o pedido de “demissão” feito pelos integrantes do grupo de trabalho de Curitiba, após a subprocuradora-geral Lindora Araújo solicitar informações sobre as investigações realizadas em Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo. (Metrópoles).

 

2 COMENTÁRIOS

  1. Luiz o que você estranha deve ser o menor dos problemas praticados por esses elementos. Nós vamos ficar boquiabertos quando a PRG se aprofundar sobre o que eles fizeram “no verão passado e retrasado”

  2. Estranho muito essa relutância em respeitar a hierarquia se fosse no exército já tinham levado um coturno na traseira!!! Também acho muito grave o desaparecimento dos dois guardiões, que são equipamentos que podem desestabilizar as relações político sociais, inclusive afetando as relações de mercado. Coisa serissima!!!

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