Curitibano soube dias antes que Eduardo Bolsonaro iria “aprontar”

Há quase duas semanas, na fila de embarque no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, um curitibano ouviu parte da conversa telefônica entre um empresário do setor de mídia e marketing e um político, provavelmente de Brasília. O diálogo ocorreu dentro de um tom considerado áspero.

O curitibano indiscreto ouviu o que parecia ser uma queixa do político sobre a omissão do nome do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) das últimas pesquisas sobre a corrida eleitoral à presidência da República em 2026. Eduardo não teria gostado da ausência do seu nome no questionário. O empresário argumentou: “mas teve gente do partido que gostou”.

Passados alguns segundos, sem que a fila andasse, o curitibano ouviu o empresário afirmar também para o político que Eduardo não deveria fazer o que vinha anunciando, ou seja, sanções dos Estados Unidos e de Donald Trump contra o Brasil ou autoridades brasileiras. Isso, de acordo com o empresário, só traria problemas e confusão.

Antes de desligar o celular, o empresário ainda pediu para que o político impedisse, ou tentasse impedir, Eduardo Bolsonaro de “aprontar” alguma coisa nos Estados Unidos “porque o tiro pode sair pela culatra”.

O apelo do empresário não funcionou. O tarifaço de Trump foi anunciado dias após a conversa na fila de embarque.

 

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