A CPI da Covid, do Senado Federal, adiou a leitura e a votação do seu relatório final na tentativa de sanar divergências entre o relator, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), e o grupo majoritário do colegiado, o chamado G7. A decisão é do presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), que se irritou com o vazamento de trechos do relatório de Renan para a imprensa. Entre os pontos que dividem o grupo estão a inclusão de membros da família de Jair Bolsonaro entre os alvos de pedido de indiciamento e a atribuição de determinados crimes ao presidente. A informação é de Lucas Neiva, do portal Congresso em Foco.
A leitura do relatório estava prevista para esta terça-feira (19), mas acabou adiada para a quarta (20). Já a votação, inicialmente marcada para esta quarta, passou para o próximo dia 26. Integrantes do G7 são contrários à atribuição de 11 crimes a Bolsonaro. Entre eles, o de homicídio qualificado e o de genocídio contra povos indígenas. Na avaliação deles, o apontamento de quatro ou cinco crimes já é suficiente para responsabilizar o presidente pela má condução do combate à pandemia e pela morte de 600 mil brasileiros.
Com o adiamento da leitura do relatório final, a CPI ouvirá nesta terça o farmacêutico Elton da Silva Chaves, assessor técnico do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. (Do Congresso em Foco