Na entrevista que deu ao jornalista Gerson Camarotti, da Globo News, o juiz Sergio Moro defendeu as prisões preventivas. Como atos de corrupção permanecem sendo praticados, mesmo por reus já condenados ou respondendo a ações penais, é preciso estancar a possibilidade de que continuem agindo criminosamente. É o que faz, por exemplo, quando se trata de “serial killers” – desses que a gente vê em filmes policiais. O sujeito mata um, dois, três… é necessário prendê-lo antes que cometa o quarto assassinato, ainda que os crimes anteriores ainda não tenham sido julgados.
Moro lembrou de casos do “mensalão”, em que vários dos reus continuavam à frente de esquemas de corrupção durante o julgamento pelo STF da Ação 470. E ainda casos mais graves, como o que envolveu o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que, mesmo preso em Curitiba, exigia e recebia propinas. Pior seria se estivesse solto.