Copel protege seu patrimônio e investidores reagem

(por Ruth Bolognese) – Um negócio de R$ 2,1 bilhões poderá levar a Copel para um tribunal de arbitragem, acusada de não cumprimento de contrato, segundo informa a coluna do Broadcast, do jornal O Estado de São Paulo.

Todo o processo foi feito em regime de confidencialidade, mas o Estadão divulgou que uma parceria entre a Copel e FIP IEER, um fundo de investimento com a participação de investidores paranaenses de alto calibre criou a Companhia de Energia Renováveis (CER Energia). A participação da Copel nessa empresa é de 49.9%.

O FIP IEER vem sustentando que a Copel teria começado a indicar falhas materiais em projetos já aprovados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e não liberou os recursos previstos em contrato. Internamente, o que se sabe é que os copelianos das antigas, que prezam pela defesa do patrimônio da empresa, nunca concordaram com essa parceria, apontando falhas e interesses diversos.

Mesmo sem a contrapartida da Copel, a nova empresa criada pela parceria, a CER Energia, participou de vários leilões do setor no País e saiu vencedora em quatro deles. São grandes projetos de geração de energia que demandam investimentos na casa de R$ 2,1 bilhões. Até agora, a necessária contrapartida da estatal paranaense não foi liberada.

Antes de optar pela via judicial, o maior investidor paranaense na CER Energia está apelando ao governo do Paraná uma solução para o problema e já fez visitas recentes ao Palácio Iguaçu para tratar do assunto.

O ex-governador Beto Richa sabia em detalhes do negócio e chegou a fazer um movimento para tentar solucionar o caso. Atualmente, tem na diretoria da Copel um aliado que lhe serviu com grande proximidade desde os tempos em que era prefeito de Curitiba.

Os copelianos resistem.

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