Constituição deixou o Brasil “ingovernável”, diz Barros

O líder do governo na Câmara Federal, deputado Ricardo Barros, afirmou que o excesso de direitos previstos na Constituição brasileira em contraposição à escassez de deveres para o cidadão, deixou “o país ingovernável”.

A exemplo do Chile, que no domingo (25) realizou referendo para sepultar a constituição vigente, criada durante a ditadura Pinochet, Barros defende também um plebiscito que autorize a eleição de uma Assembleia Constituinte encarregada de substituir a Carta de 1988 e que equilibre as cláusulas de direitos com as de deveres.

Ao falar durante o evento “Um dia pela democracia” na manhã desta segunda-feira (26), o parlamentar disse que a atual constituição levou o Brasil a uma “situação inviável orçamentariamente: Não temos mais capacidade de pagar nossa dívida, os juros da dívida não são pagos há muitos anos, a dívida é só rolada e com o efeito da pandemia cresceu muito, e esse crescimento nos coloca em risco na questão da rolagem da dívida”, afirmou. Emendas à Constituição, segundo ele, não são o suficiente.

“O presidente (José) Sarney já dizia quando a sancionou em 1988, que a Constituição tornaria o país ingovernável, e o dia chegou, temos um sistema ingovernável, estamos há seis anos com déficit fiscal primário, ou seja, arrecadamos menos do que gastamos, não temos capacidade mais de aumentar a carga tributária, porque o contribuinte não suporta mais do que 35% da carga tributária, e não demos conta de entregar todos os direitos que a Constituição decidiu em favor de nossos cidadãos”, disse.

3 COMENTÁRIOS

  1. O que os chilenos fizeram foi repudiar um modelo que é muito bem representado pelo Bolsonaro e o líder do seu governo e que veem na atual Constituição brasileira um (parco, mas) entrave a atuação de suas milícias.

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