O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Curitiba escolheu, no fim da tarde desta quinta-feira (17), a equipe que irá analisar as quatro representações que pedem a cassação do vereador Renato Freitas (PT), depois que ele liderou invasão à Igreja do Rosário, no Largo da Ordem. O vereador Sidnei Toaldo (Patriota) será o relator dos processos e a vereadora Maria Letícia (PV) a vice-relatora.
Com a escolha, foi aberto oficialmente o procedimento disciplinar contra o petista. Conforme o regimento da Casa, a Renato Freitas podem ser impostas penas que vão desde a censura pública até a cassação do mandato.
Vereador pediu afastamento
Na última quarta-feira (16), o vereador Renato Freitas se afastou do cargo na Câmara de Curitiba (CMC) por cinco dias, por motivos de saúde. Um atestado médico com data de terça-feira (15) foi protocolado junto com a solicitação de afastamento.
Conforme informações da Câmara, diante do período curto de afastamento, não será feita convocação de suplente.
O caso
A invasão à Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Largo da Ordem, em Curitiba, aconteceu no dia 5 de fevereiro, após protestos pela morte do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, no Rio de Janeiro.
Um vídeo mostra o parlamentar discursando no interior do templo religioso com um megafone.
Pedido de desculpas
Poucos dias após a repercussão do caso, o vereador Renato Freitas fez um pronunciamento na Câmara Municipal quando pediu desculpas se ofendeu alguém.
“Algumas pessoas se sentiram profundamente ofendidas [pela manifestação contra o racismo ter adentrado à igreja] e a elas eu peço perdão, pois não foi, de fato, a intenção de magoar ou ofender o credo de ninguém, até porque eu mesmo sou cristão”, disse. (Da Rádio Banda B).