Candidatos que foram ao debate da Band não são do Paraná

(por Ruth Bolognese) – O Tribunal Regional Eleitoral não percebeu a tempo, mas nenhum daqueles candidatos que participaram ontem do debate da Band é do Paraná. Foram substituídos na última hora e estão em disputa pelo cargo de governador em estados e províncias de outros países.

O Contraponto teve acesso à lista verdadeira dos seus nomes e suas origens, vazada por um membro do Ministério Público Federal que só se comunica por parábolas bíblicas. Vai preservar, no entanto, seus nomes, para se preservar. Vamos às revelações:

Carlos Ratinho Jr (Catar – Oriente Médio) – Fala com tanta ansiedade e tão rápido em sua língua nativa, o árabe, que não dá pra entender quase nada. E apresenta projetos tão imediatos, grandiosos e caríssimos porque acha que vai governar um estado cheio de dinheiro, onde petróleo dá mais que chuchu. Mas não se sabe se o candidato, que é biliardário, gosta de chuchu.

Cida Borghetti (Guadalajara – México) – É, na verdade, candidata a miss e foi surpreendida pelo convite para falar sobre os problemas e os projetos do Paraná. Compreensível, portanto, a confusão generalizada nas próprias falas. Não teve tempo para revelar se leu ou não “O Pequeno Príncipe”, mas repetiu incessantemente que quer a paz mundial em todo o estado.

João Arruda (Inglaterra) – É candidato a Primeiro Ministro e logo se percebe isso porque fala calma e pausadamente e é mais genérico do que os medicamentos da Farmácia Popular. Como todo bom inglês de Yorkshire tem olhos e sangue azuis, o terno elegante e o corte de cabelo com tradição. Quando se empolga, o gestual lembra muito seu tio favorito, que pertence a uma ala do Labour Party, mas é regido pela Carta de Puebla.

Ogier Buchi (Transilvânia) – Pela origem, distância e mistério de sua terra natal, nem estava prevista a participação dele no debate da Band. Mas ameaçou arrasar o plantio de alho do Paraná e foi aceito. Como dorme de dia, estava mais aceso do que lâmpada de led, e o pacto de sangue feito minutos antes do debate com a jovem indefesa do Palácio afastou-a do perigo de ser atacada pelos demais predadores.

Dr. Rosinha e prof. Piva (Lituânia e Estônia) – Ambos vieram, juntos, de dois países que já pertenceram à União República Socialista Soviética, antiga URSS, mas hoje pertencem ao bloco europeu. Mesmo adaptados, tanto o prof. Piva como o Dr. Rosinha ainda têm traumas do passado e por isso ficaram lembrando o tempo todo da Guerra do Centro Cívico e dos (baixos) salários dos trabalhadores. Ambos desprezaram todos os burgueses, presentes e ausentes.

Beto Richa (localização ignorada e sujeito oculto do debate) – Mesmo ausente foi o mais atacado da noite e apontado como o grande responsável por todos os problemas do Paraná desde os tempos do Nuñes Cabeza de Vaca. E o mais rejeitado: Cida Borghetti (a vice dele) e Ratinho Jr (da equipe dele) tiveram amnésia conjunta e não conseguiram se lembrar, em nenhum momento, quem é Beto Richa.

Mas o debate foi bom. Ou , como no famoso bordão da Lady Keity: bom, bom não foi. Mas tá bom, tá bom, tá bom…

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