Candidatos a prefeito de Curitiba fazem debate em praça e criticam Greca

O prefeito Rafael Greca (DEM), candidato à reeleição, recebeu críticas de oito candidatos à Prefeitura de Curitiba pela ausência de debate realizado nesta terça-feira (20), na Praça da Espanha, perto de sua casa. O prefeito tem se recusado a participar de debates, sabatinas e entrevistas durante a campanha eleitoral, mas se mantém ativo nas redes sociais. “Greca ausente, o povo está presente!”, foi a palavra de ordem de mais um centena de pessoas que foram a Praça Espanha.

Se revezaram no microfone os candidatos Professora Samara (PSTU), Fernando Francischini (PSL), Letícia Lanz (Psol),  Eloy Casagrande (Rede), Camila Lanes (PCdoB), João Arruda (MDB), Professor Mocelin (PV) e Paulo Opuska (PT).

Além de Greca, não foram ao ato João Guilherme (Novo), Goura (PDT), Zé Boni (PDC), Christiane Yared (PL), Diogo Furtado (PCO) e Carol Arns (Podemos).

Necessidades  – “Greca tem prestar contas da sua gestão e debater com os demais candidatos, quais as necessidades da cidade nestes próximos anos”, disse Camila Lanes. “Desde o começo Greca se negou a discutir e isso não faz parte da democracia. É um desrespeito à população curitibana, que quer debater ideias e projetos, É vergonhoso, no mínimo, para não dizer outra coisa”, disse Eloy Casagrande.

O prefeito, segundo Professora Samara, sempre apresentou uma postura bem antidemocrática “de ignorar o que a população, a opinião dos servidores e se esconder inclusive atrás da guarda municipal e da PM (Polícia Militar) para poder aprovar suas propostas”.

“Antes de falar do Greca, eu queria te falar sobre a postura dos partidos que convocaram esse debate na praça. O valor mais importante no estado como nosso, é a democracia. Debater a política no período eleitoral e fora do período eleitoral é algo que a gente briga sempre”, disse Paulo Opouska.

Francischini também considerou antidemocrática a ausência de Greca. “Estamos debatendo soluções e propostas e Greca não tem coragem de debater a cidade, ele acha que está muito bem, mas as pessoas não acham isso. O Greca é um fujão”.

Corporações – Professor Mocellin disse na democracia, o diálogo e o debate são fundamentais. “É lamentável que o prefeito não queira discutir os problemas da cidade, se arvora detentor da verdade, quando há muitas questões que devem ser discutidas”.

“Nenhuma cidade sobrevive sem debate, sem apresentar propostas e alternativas. Eu já disse da raiva que eu tive de ter que sair da minha casa para lembrar o prefeito da responsabilidade dele. Ele como homem público tem que falar a que veio e tem que falar o que pretende, ele se nega a isso porque tem apoio das corporações pelas quais luta. Ele não quer saber de povo, ele quer saber de lucro das corporações, só isso”, disse Letizia Lans.

João Arruda, que convocou o debate, disse que Greca inverteu as prioridades ao terceirizar os serviços nas unidades de saúde e repassar uma dinheirama (R$ 200 milhões) ás empresas de transporte e não apoiar as pequenas empresas, os comerciantes dos bairros. “O Greca faz um governo de exclusão, onde os mais pobres, os que mais precisam de um serviço público de qualidade são os que mais sofrem em Curitiba”.

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