O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, deve ter amanhecido com dor de cabeça. O incômodo começou ainda na terça-feira (16) depois de trocas de mensagens pelo WhatsApp com o caminhoneiro Wanderley Alves, o paranaense Dedéco. Numa das mensagens, o motorista diz ao ministro que a categoria pode, sim, entrar em greve. E impôs uma difícil condição para a paralisação não ocorrer: “Se subir o óleo diesel, ministro, nós vamos parar e ponto final”.
Antes de bloquear o aplicativo, Onyx Lorenzoni ainda deu uma resposta a Dedéco: “Vamos trabalhar daqui, e tu trabalha daí”. O ministro e o caminhoneiro também discutiram quanto à pauta de reivindicações. O paranaense disse em determinada altura que o governo não está conversando com as pessoas certas e garantiu que a pauta dos caminhoneiros só contempla duas situações: a tabela de fretes e o preço do óleo diesel. O ministro havia insinuado que uma lista enviada ao governo incluía vários outros pedidos.
E agora? Aumenta o preço do diesel? Vai ser a greve?
Parabéns aos governantes passados, que não ampliaram a malha ferroviária, o que nos mantém reféns de caminhoneiros. E não vejo coragem nesse governo para dar o primeiro passo nesse sentido.