A Câmara Municipal de Curitiba aprovou nessa quarta-feira (12) uma moção de apoio à evangelização promovida pelo frei Gilson da Silva Pupo Azevedo. Autor do requerimento, Bruno Secco (PMB) argumentou, na proposição, que o “líder religioso realiza um grande trabalho de multiplicação da fé, sobretudo através das redes sociais, cuja causa atinge as massas e leva conforto a todas as classes sociais em plena madrugada”.
Segundo o vereador, o frade tem sofrido ataques nas redes sociais, “um discurso de ódio”, de “militantes da esquerda que tentam falsamente associar o frei Gilson ao bolsonarismo”. A votação aconteceu na segunda parte da ordem do dia e foi simbólica. Não houve debate em plenário.
Quem é
Frei Gilson tem viralizado por meio de lives que celebram a chegada da Quaresma e reúnem mais de 1 milhão de espectadores às 4h da manhã para rezar o rosário como penitência.
Natural de São Paulo, Gilson da Silva Pupo Azevedo ingressou na vida religiosa aos 18 anos, se tornando membro da congregação Carmelitas Mensageiros do Espírito Santo. Hoje, aos 38 anos, ele segue na ordem e lidera o grupo musical Som do Monte, que utiliza a música como meio de evangelização e organiza lives com correntes de orações nas madrugadas.
Ao reunir mais de 1 milhão de espectadores às 4h da manhã, Gilson tem chamado a atenção de internautas nas redes sociais, que resgataram momentos em que o frade fez comentários vistos como conservadores e alinhados a opiniões de lideranças bolsonaristas. Em um dos trechos recuperados no último sábado (8), no Dia Internacional da Mulher, o líder religioso sugere que a missão atribuída por Deus para as mulheres seria “ser auxiliar” dos homens.
Seus sermões também têm repercutido por conta de falas polêmicas dele, ao serem abordados temas como a submissão das mulheres aos homens, o enfrentamento do comunismo no Brasil e a discussão sobre racismo como um “mimimi”, segundo informa o jornal O Globo. (Foto: reprodução).