Câmara de Curitiba aprova medidas para proteger abelhas sem ferrão

Em primeiro turno unânime, nesta quarta-feira (4), a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovou projeto de lei para implementar medidas de conservação e de resgate às colônias de abelhas nativas sem ferrão, conhecidas como meliponídeos. Essas espécies são responsáveis pela polinização de cerca de 90% das plantas brasileiras. “É mais que mel. A polinização garante biodiversidade, mas sobretudo a sobrevivência humana”, defendeu a vereadora Maria Leticia (PV), autora da proposta.

Maria Leticia afirmou que o texto do substitutivo, aprovado com 25 votos favoráveis, foi construído a partir de parecer favorável do Departamento de Pesquisa e Conservação da Fauna, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA), após consulta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da CMC. Segundo o ofício, a proposição alinha-se à “preocupação e empenho da atual gestão na implantação das políticas de proteção às abelhas nativas”, por meio do programa Jardins de Mel, criado em 2017.

Outro argumento é que a iniciativa não traria “impactos financeiros representativos”, pois o departamento possui um meliponário, no Museu de História Natural do Capão da Imbuia, além de equipe técnica habilitada para gerir o serviço. Ainda conforme Maria Leticia, as medidas propostas vão além dos esforços atuais da gestão, por meio do resgate, pela SMMA, de colônias em situação de risco, “em locais condenados e árvores desvitalizadas”.

“Tudo aquilo que vem a mais não prejudica. Existem várias caixas [meliponários], em vários locais de cidade”, disse Julieta Reis (DEM). Apesar de se posicionar a favor da proposta, ela ponderou que os Jardins de Mel já são uma política da atual gestão. “Pode parecer um projeto simples, singelo, mas além de tornar o que hoje é uma política de governo em política de estado, acho que é um debate que a gente tem que fazer [sobre o meio ambiente]. É uma ação muito positiva da atual gestão”, avaliou Professora Josete (PT).

 

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