Câmara aprova sugestão para reduzir contratos de gaveta de imóveis em Curitiba

“É impossível saber quantos são, mas sabemos que existem milhares de imóveis em situação patrimonial irregular em Curitiba, devido a transações de compra e venda celebradas por meio dos chamados ‘contratos de gaveta’, que são instrumentos particulares sem fé pública e que produzem efeitos jurídicos precários”, alertou o vereador Marcelo Fachinello (PSC),  na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), ao justificar uma sugestão ao Executivo. A ideia é que a Prefeitura de Curitiba reduza a alíquota de ITBI para incentivar a regularização dos imóveis.

Aprovada em votação simbólica, a sugestão ao Executivo teve o apoio de Dalton Borba (PDT), que viu no incentivo à regularização de imóveis uma contribuição “para o desenvolvimento global do Município”. Em tom crítico, Serginho do Posto (DEM) questionou Fachinello sobre as consequências de alterar a cobrança do ITBI, pois “quando você reduz imposto, é preciso compensar de uma outra forma, já que a administração depende dessa receita”. O autor respondeu que não se trata de abdicar de receita se o objetivo é caçar operações irregulares e cobrá-las.

Também deu discussão em plenário a indicação da vereadora Professora Josete (PT) na qual ela pede que a Prefeitura de Curitiba crie um serviço público de carona compartilhada, com a implantação de um aplicativo próprio de transporte, semelhante ao Uber e ao Lift. Josete criticou o aumento do trabalho informal, culpando a política econômica e a cultura do empreendedorismo – que chamou de ideologia – pela precarização do trabalho (205.00001.2022). Em resposta, Amália Tortato (Novo) disse ser contra “a criação de uma estatal municipal”.

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