Brasil: intolerante, violento e desigual

Um país com uma discriminação estrutural, intolerante, com altas taxas de violência e até com seu caráter secular ameaçado por pressões de grupos e bancadas religiosos dentro da política. Esse é o panorama que relatores da ONU traçam sobre Brasil, no momento em que o governo começa se preparar para ser sabatinado nas Nações Unidas sobre a situação dos direitos humanos no País.

Governos de todo o mundo são obrigados a passar por uma Revisão Periódica Universal, um mecanismo criado nas Nações Unidas para examinar todos os aspectos de direitos humanos nos países de forma regular.

Para se preparar para o questionamento, a entidade elaborou um raio-x completo sobre a situação brasileira nesse período desde o último exame do País, em 2012. No documento, ela compila os resultados de investigações de relatores independentes, grupos de especialistas e missões realizadas no País nos últimos cinco anos. As conclusões apontam para sérias violações.

No Brasil, 55% das riquezas estão concentradas nas mãos de 1% da população, indica o relatório sobre desigualdade produzido por um grupo de 100 pesquisadores de 70 países que compara de maneira inédita a distribuição da riqueza a nível mundial e sua evolução em quase quatro décadas.

O estudo foi liderado pela Escola de Economia de Paris. O documento, divulgado nesta quinta-feira, 14, mostra que as desigualdades aumentaram profundamente no mundo desde a década de 1980, em particular nos Estados Unidos. Os pesquisadores se mostram preocupados com o possível agravamento da situação até 2050.

Este fenômeno, no entanto, aconteceu com ritmos diferentes, de acordo com as regiões, afirmam os coordenadores do estudo, que apontam um forte aumento das desigualdades nos Estados Unidos, mas também na China e na Rússia, países cujas economias registraram uma significativa liberalização durante os anos 1990.

Nos Estados Unidos e Canadá, este índice passou de 34% a 47%, enquanto na Europa foi registrado um aumento mais moderado (de 33% a 37%). De acordo com o estudo, a parte da riqueza nacional nas mãos de 10% dos contribuintes mais ricos passou de 21% a 46% na Rússia e de 27% a 41% na China, entre 1980 e 2016.

3 COMENTÁRIOS

  1. Os resultados e consequências destes dados estão ai bem representados pela pressão de quem tinha grana, auxiliados, guiados e respaldados pela midia familiar pre falimentar e o judiciário na derrubada do governo que. com todos os seu erros, trabalhou para reduzir as distâncias entre quem tem e os que não tem.

    Agora como é que o temer vai mandar alguem la , na ONU, falar dos problemas do Brasil entre os quais ele é o maior e causador de todos os outros?

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