Bolsonaro diz que estudante universitário “faz tudo, menos estudar”

Em discurso nesta quinta-feira (12) em Palmas, capital  do Tocantins, o presidente Jair Bolsonaro criticou as universidades brasileiras dizendo os alunos fazem “tudo, menos estudar”. “Entre as 200 melhores universidades do mundo, tem algum brasileira? Não tem! Isso é um vexame! O que que se faz em muitas universidades e faculdades do Brasil, o [que o] estudante faz? Faz tudo, menos estudar.”

Na edição mais recente do ranking THE, da revista “Times Higher Education”,,a Universidade de São Paulo (USP) foi posicionada no bloco entre  os lugares  251 e 300. Em edições anteriores, no entanto, esse mesmo levantamento já chegou a considerar a USP entre as 200 melhores do mundo, em 2012 e 2013. Além disso, outros renomados rankings internacionais podem contradizer a fala de Bolsonaro. Publicado anualmente, o QS University Rankings inclui a USP entre as 200 melhores desde 2012. Na edição de 2020, publicada em junho,  a USP ocupou a posição 116.

No evento desta quinta, o presidente participou do lançamento do programa Governo Municipalista, que prevê investimentos em áreas como infraestrutura, educação e saúde nas 139 cidades do Tocantins.

Prêmio Nobel – “A China está em primeiro lugar, nós estamos nos últimos”, afirmou Bolsonaro. “Qual a tendência, que poucos falam? Têm vergonha de falar, porque, ó, é desrespeito. Não é desrespeito, é uma realidade. São melhores, vão viver melhores. Quantos e quantos outros países na nossa frente.”

Bolsonaro também disse que “nós somos o último aqui na América do Sul”. Dirigindo-se a uma pessoa a quem identificou como “Doutor Pacheco”, perguntou: “temos algum prêmio Nobel no Brasil? Tem?”.

Em outro momento, afirmou: “Qual o futuro nosso? O que nos espera lá na frente. O Brasil não vai sair do buraco por causa de uma pessoa só. O meu nome é Messias também, mas não faço milagre”.

“Se aparecer [corrupção], boto no pau de arara o ministro [envolvido]. Se ele tiver responsabilidade, obviamente. Que, às vezes, lá na ponta da linha está um assessor fazendo besteira, sem a gente saber. Mas isso é obrigação nossa. É dever. Isso aí não é algo meritório, que tem que ser aplaudido. É obrigação, é dever.” (Do G1)

 

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