O presidente Jair Bolsonaro descartou nesta terça-feira (15) atender a proposta da equipe econômica de congelar os benefícios previdenciários, como aposentadorias e pensões, nos próximos dois anos para bancar o Renda Brasil. Para encerrar o assunto, o presidente afirmou que não criará mais o programa e que, até o fim do mandato, será mantido o Bolsa Família.
No mês passado, quando o ministro da Economia, Paulo Guedes, sugeriu o fim do abono salarial para gerar recursos ao novo programa, Bolsonaro já tinha afirmado que não iria tirar dos pobres para dar aos paupérrimos. O presidente afirmou ainda que, “quem porventura vier propor pra mim uma medida como essa, eu só posso dar o cartão vermelho pra essa pessoa. É gente que não tem o mínimo de coração, que não tem o mínimo de entendimento de como vivem os aposentados do Brasil”.
O Renda Brasil chegou a ser discutido no governo como um programa de assistência social para substituir o Bolsa Família. A intenção era aproveitar a experiência do auxílio emergencial, que acaba no fim do ano, e criar um programa que aumentasse o valor do benefício do Bolsa Família.
No entanto, Bolsonaro e a equipe econômica não conseguiram chegar a um acordo sobre os cortes em gastos do governo que deveriam ser feitos para financiar o novo programa, o que vinha deixando suspensa a criação do Renda Brasil.