Beto Richa e as entrelinhas

(por Ruth Bolognese) – Tem tradução a entrevista do governador Beto Richa à Folha de Londrina nesse final de semana. Quando o governador Beto Richa diz que não tem apego ao cargo, nem vaidade nenhuma, mas que tem, sim, a honra de governar o Paraná, a tradução é:

“se eu for obrigado, pelas circunstâncias, a terminar o mandato, e não me candidatar a nada, vou continuar na boa. Para mim e o Mozão, nada muda”.

Quando afirma que vai avaliar com o grupo político que o apoia se vale a pena continuar governador ou concorrer ao Senado, daqui há um mês e pouco, a tradução é:

“se as pesquisas me apontarem alguma chance de vitória ao Senado, se eu não for pego de surpresa por uma dessas Operações tipo Quadro Negro, se eu não resistir à pressão da família Barros e se a família Barros garantir o apoio da máquina do Estado, vou com tudo para a disputa”.

Na política, no amor e no BBB é assim: todo mundo diz algo, mas querendo dizer outra coisa. Ou vice-versa.

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