(por Ruth Bolognese) – O governador Beto Richa chegou hoje ao gabinete do terceiro andar do Palácio Iguaçu e, como faz todos os dias, chamou:
– “Ezequias, vem cá”.
Foi informado que seu mais antigo assessor, Ezequias Moreira, estava na Polícia Federal prestando depoimento sobre a Operação Quadro Negro, aquela que o Ministério Público investiga por desvio do dinheiro de reformas e construção de escolas para a campanha de reeleição.
– “Então chamem o Déo”, pediu o governador.
Novamente foi informado que seu principal homem de comunicação, o jornalista, conselheiro e faz tudo Deonilson Roldo, estava se preparando para prestar depoimento na Polícia Federal sobre a Operação Quadro Negro.
– “Chamem o Rached”, insistiu o Governador.
Pela terceira vez, foi informado que seu assessor especial, sempre presente, também estava reunido com advogados para saber o que falar para a Polícia Federal…
– “Está bem, está bem. Vou ligar, eu mesmo, para o Rossoni”, pediu, já um pouco irritado, o governador.
Depois de várias tentativas sem conseguir conectar seu chefe da Casa Civil, deputado Valdir Rossoni, o governador abriu a caixa de ferramentas:
– “Mas como, será que estou sozinho nesse Palácio? Cadê o Traiano (Ademar Traiano, presidente da Assembleia), cadê o Plauto? (primeiro secretário da Assembleia)? E o meu grande amigo Fanini, que sempre esteve comigo nas viagens pelo mundo e pelo Paraná? Vão me dizer agora que estão todos na Polícia Federal?
– “Pois é, governador”, respondeu a mulher do cafezinho.
Lamentavelmente é uma piada com uma pitada bem grande de verdade.
Que piada sem graça igual a feiosa da Ruth.