Beto decide correr o risco

Embora seus atos aparentem que está sempre em campanha, mesmo quando longe de eleições, o governador Beto Richa vem multiplicando sinais de que renunciará mesmo ao mandato até 7 de abril para concorrer a uma cadeira de senador. E sempre que pode protagoniza ou participa de ações em Curitiba – cidade onde as pesquisas de opinião indicam que ele detém os menores taxas de aprovação e os maiores índices de rejeição.

Já não importa o “tamanho” do ato. Importa é estar “perto do povo”. No domingo passado chegou bem cedo à vila Parolin para se solidarizar com os pobres moradores do local que sofreram com a chuvarada que despencou na véspera, inundou casas e desabrigou famílias.

Deu também de acompanhar o prefeito Rafael Greca, que transforma tudo o que faz em objeto de propaganda, como neste fim de semana quando foi acompanhar o início das obras de asfaltamento de um trecho de rua na periferia. Beto Richa, claro, não podia faltar.

Fora do governo, Beto perde o foro privilegiado, ficando sujeito às chuvas e trovoadas que a qualquer momento podem descer dos tribunais superiores que detêm inquéritos nos quais o nome de Richa figura como suspeito. Ele sabe dos riscos que corre.

Quem se regozija com a cada vez manifesta vontade do governador de encerrar o mandato é a vice Cida Borguetti (PP), que se sentará na cadeira de titular enquanto faz campanha para se reeleger. O marido, ministro Ricardo Barros, que disputará reeleição a deputado federal, está prontíssimo para coordenar a campanha da mulher.

 

2 COMENTÁRIOS

  1. As instâncias estaduais são dos amigos distantes, aqueles que sentam nos processos e julgam depois de prescritos, vide a sogra fantasma, em que o pecado do pecador prescreveu.

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