A partir do próximo dia 2, segunda-feira, às 10 horas, o deputado Ricardo Barros será ex-ministro da Saúde. Neste dia e hora vai transferir o cargo para Gilberto Occhi, que por sua vez deixa a presidência da Caixa Econômica.
Barros esteve à frente do ministério desde a posse de Michel Temer. Foi um ministro polêmico: com o seu jeito “trator”, passou por cima de inúmeros questionamentos de reconhecidos sanitaristas e do Ministério Público Federal em razão de decisões que tomou envolvendo principalmente importação de medicamentos e produção de hemoderivados.
Enquanto esteve no ministério, contudo, Barros não deixou de fazer o que sabe melhor: política. E de olho no Paraná, estado que sua mulher, a vice Cida Borghetti, passa a governar a partir do dia 7 já na condição de pré-candidata à reeleição. Por isso, metade de todas as verbas liberadas pelo ministério da Saúde durante sua gestão foi destinada ao governo do estado e aos municípios.
O deputado Ricardo Barros continuará acumulando funções: volta para a Câmara como membro da poderosa Comissão do Orçamento e, no Paraná, como articulador político da campanha de Cida. Ao mesmo tempo faz campanha para se reeleger deputado e à filha Maria Victória, deputada estadual.
Quando o assunto é articulação, ninguém pode negar que o Ministro Ricardo Barros, é o mestre, com uma rara intuição,visualiza com muita antecedência a situação política como poucos no País, pessoa honesta que quando firma um acordo pode-se confiar, como nos tempos do fio do bigode,
líder nato, consegue administrar com muita habilidade qualquer tipo de conflito, e ainda tocar diversas campanhas ao mesmo tempo, é um dínamo da política brasileira.