Na entrevista coletiva que os procuradores do Ministério Público Federal de Curitiba dão sobre o oferecimento de denúncia contra Beto Richa por seu envolvimento – e de outras 32 pessoas – em supostos ilícitos praticados nas relações entre o governo estadual e as concessionárias de pedágio no Paraná.
O MPF fez uma comparação entre as obras que estavam previstas nos contratos de concessão firmados em 1997 e os resultados alcançados até até agora. Veja alguns exemplos:
Ainda de acordo com os procuradores, o contrato inicial com as concessionárias de pedágios previam obras que jamais foram entregues. As empresas haviam se comprometido a duplicar
- 995,7 quilômetros de rodovias no estado deveriam ter sido duplicados até 2016, mas somente 273,5 km foram feitos (27,4% do total previsto).
- Construção de 136 interseções [cruzamentos] para entrega até 2017. Ocorreu a construção de apenas 29 unidades, 21,3% do total.
- Para 2017, existia em contrato a construção de 303,2 km de terceiras vias, apenas 59,3 km foram finalizados.
- Contornos: a previsão era de 174,5 km com término em 2016. A apenas 43,2 km foram construídos.
- Entre os 15,2 km de rodovias marginais que estavam no contrato, nenhum quilômetro foi construído.
É so ir bem ao fundo das investigações para acharem governadores, juízes, desembargadores, deputados e muitos outros envolvidos no toma lá dá cá dos pedágios do Paraná.
Esperaram chegar quase ao final do contrato para enxergar o óbvio, que já estava escrito desde o início das concessões.
Corretíssimo.
penso sempre que o pessoal do MP nunca foi pra praia ou pro interior do PR de carro. So andam de avião ou helicoptero, pois demoraram este tempo todo e foi necessaria uma “delação” para mostrar o óbvio.