As movimentações “atípicas” de Deonilson

No despacho em que nega a concessão de habeas corpus para o ex-secretário Deonilson Roldo – réu na Operação Piloto e preso em Pinhais desde setembro passado -, o juiz da 23.ª Vara Criminal da Justiça Federal de Curitiba, Paulo Sergio Ribeiro, aponta para um fato apurado pelo Ministério Público Federal: foi exorbitante e suspeita a movimentação que ele fez em contas bancárias pessoais e de suas empresas.

Uma dessas movimentações diz respeito a empréstimos de Deonilson para o empresário Homero Felini Pasquetti, conselheiro da JARI/Detran e dono de uma locadora de veículos, de R$ 802.148,00 em 2016, e de R$ 515.000,00 em 2017. O juiz se espanta com as cifras:

“As operações são atípicas pois o patrimônio declarado de Deonilson Roldo seria de cerca de três milhões, causando estranheza a realização de um empréstimo para terceiro de quase metade do valor do patrimônio.”

O valor de R$ 1,317 milhões é pouco superior às movimentações na conta de Fabrício Queiroz, o ex-assessor do presidente Jair Bolsonaro e de seu filho deputado/senador Flávio Bolsonaro, que totalizaram R$ 1,2 milhões, segundo o Coaf. Já o empréstimo de Deonilson ao amigo Homero é 33 vezes maior do que o depósito de R$ 24 mil feito por Queiroz na conta de Michelle Bolsonaro para quitar parte de um empréstimo de R$ 40 mil que tomou do amigo Jair.

2 COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui