Após vitória esmagadora, nomeação de reitor ainda depende de Bolsonaro

A vitória esmagadora do professor Ricardo Fonseca, reeleito com 93% dos votos para reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) ainda depende do presidente Jair Bolsonaro. É dele a prerrogativa de assinar a nomeação e legalmente não é obrigado a obedecer a escolha da comunidade universitária.

Após vitória esmagadora, nomeação de reitor ainda depende de BolsonaroBolsonaro já deu exemplo de que não se interessa pela vontade eleitoral: em 2019, nomeou reitor da Universidade Federal Fronteira Sul, de Santa Catarina, o candidato que ficou em terceiro lugar, com apenas 21% dos votos entre os seis mil eleitores da instituição.

O perigo de o presidente vir a tomar uma decisão contrária ao resultado das urnas (91% favoráveis à recondução do professor Ricardo Fonseca) é o fato de o pleito deste ano na UFPR ter tomado tons plebiscitários e políticos

No ano passado, o professor Fonseca foi um dos líderes nacionais contra o contingenciamento de verbas para instituições federais de ensino no Brasil decretado pelo então ministro da Educação, Abraham Weintraub, e se posicionou contra as políticas educacionais do governo Bolsonaro. Este fato pode influenciar a decisão do presidente.

Mas para contrariar o resultado, o presidente terá de desconhecer que a eleição deste ano veio da maior consulta à comunidade interna já realizada na história da UFPR e com mais expressiva vitória já obtida por um candidato a reitor da instituição desde 1985, quando ocorreu a primeira consulta. A Chapa 2 venceu nas três categorias de votantes: docentes, servidores técnico-administrativos e estudantes. Considerando os números absolutos, antes da aplicação da fórmula da paridade, nada menos que 91,1% dos 17.018 votos válidos foram para a Chapa 2.

2 COMENTÁRIOS

  1. Pelo bem da UFPR é preferível que o Presidente escolha outro. Nem aulas EAD os alunos estão fazendo por opção desse reitor partidário e absolutamente de esquerda. Usa a instituição para promover sua ideologia político-partidária. Presenciei movimentos contra o então Juiz Sérgio Moro e contra a lava jato no interior da sede do curso de direito da UFPR… E olha que o juiz ainda era professor da instituição… Vergonha total!

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