De fontes muito próximas da governadora Cida Borghetti e de seu marido, deputado Ricardo Barros, o Contraponto ouviu que a demissão de Deonilson Roldo deve ser encarada por todos os demais remanescentes do grupo de Beto Richa que ainda ocupam postos no governo como o início de uma faxina. “Deonilson foi a primeira peça do dominó a cair; outras virão”, disse um dos interlocutores, demonstrando firmeza de conhecimento do que se passa nos bastidores do Palácio Iguaçu.
Cida Borghetti estava em Foz do Iguaçu no fim da noite de quinta-feira (10), jantando com um grupo de assessores num restaurante após cumprir programa oficial na cidade, quando recebeu por WhatsApp a informação de que a revista IstoÉ tinha escancarado o caso do áudio comprometedor em que Deonilson supostamente tentava fraudar uma licitação. Sua reação imediata foi: “Vou demitir!”.
Na manhã de sexta (11), mandou emissários aconselhar Deonilson para que ele próprio pedisse demissão da diretoria de Gestão Empresarial da Copel, cargo para o qual ela própria o havia indicado assim que tomou posse no governo estadual. Até então, Deonilson era o todo-poderoso chefe de gabinete e secretário de Comunicação Social de Beto Richa, que acabara de renunciar ao governo. Cida pretendia dar a chance de ser menos traumático para Deonilson o seu afastamento.
Deu prazo: queria receber a carta de demissão até meio dia. Deonilson desapareceu e já não atendia telefonemas. Estaria reunido com advogados. Teria ido também à Copel negociar uma licença. Enquanto isso, Cida também recebia apelos de Beto Richa para que tentasse poupar o amigo. Recusou o pedido, mas, condescendente, Cida “esticou” a chance para 5 da tarde. Esgotado o prazo e sem respostas, a governadora mandou divulgar sua decisão de demitir o servidor. A notícia chegou à imprensa pouco depois das 18 horas.
O pensamento permanente durante toda a agitada sexta-feira é que qualquer que fosse o desfecho do caso – demissão voluntária ou decisão unilateral da governadora – a questão deveria tomar o sentido de uma “ação pedagógica”, “exemplar” e de alcance simbólico para além dos seus próprios limites. Isto é, a mensagem deveria ser bem entendida por outros membros do governo anterior que, a despeito da “fama”, permaneceram na administração.
Em outras palavras, o que Cida Borghetti quer é que os demais peçam demissão antes que surjam novas denúncias que também os comprometa.
Assim, segundo as fontes ouvidas pelo Contraponto, recomendações já teriam chegado às próximas peças do dominó que viriam na sequência da ruína. Estariam na fila personagens conhecidas, como o ainda secretário do Cerimonial Ezequias Moreira, além de Juraci Barbosa e Fernando Ghignone que, antes de serem secretários do Planejamento e da Administração, respectivamente, atuaram como tesoureiros de campanhas de Beto Richa com tudo o que esta função pode significar e que seja de interesse de investigações por parte do Ministério Público Federal, da Polícia Federal ou da Justiça Eleitoral.
A ordem, arquitetada com a participação muito presente do primeiro-marido, o deputado Ricardo Barros, é evitar por todos os meios que a campanha de reeleição de Cida Borghetti seja contaminada por falatórios e por denúncias que envolvam o antecessor. Situações que fatalmente poderão emergir a qualquer momento em razão de delações-bomba que estão em curso adiantado, negociadas no MPF pelo ex-diretor da Educação Maurício Fanini (Quadro Negro) e pelo ex-diretor do DER Nelson Leal Jr. (Operação Integração).
A recentemente criada Divisão Policial de Combate à Corrupção está a postos a colaborar no que for necessário.
Tem de acabar com as nomeações dos HONESTUS JUSTUS, LUPIONS e por aí vai !!!
Tem de acabar com a mordomia dos HONESTUS JUSTUS, LUPIONS e por aí vai !!
O que? Não acredito que o Ezequias da sogra tenha sido mantido como secretário! Não lê jornal não, Dona Cida? Ou é mal assessorada? De qualquer modo, tá bom ver cobra comendo cobra. Mesa de pista pra mim, por favor!
Na PM também vai ter faxina? Pessoal que já está aposentado mas foi reconvocado pelo Beto e Rossoni ficam ocupando espaço e pior, atrapalhando quem quer trabalhar?
Alem dos imprestáveis do Juraci Barbosa, Fernando Ghinhone, como fica o tralha do Fabio Dalazen, idiota do Ricardo Rached e tantos outros da quadrilha do Beto?
Pergunta: os envolvidos, e até já condenados com transito em julgado, nomeados pela CIDA, também serão exonerados?