O novo advogado de Maurício Fanini, Omar Geha (foto) – que assumiu a causa no lugar do professor René Dotti, que, por questão de princípio, não advoga para delatores – é irmão de dois coroneis da Polícia Militar – Chehade e Samir Elias.
Comandante da 6.ª Regional da PM em São José dos Pinhais, Chehade foi cotado para assumir o comando geral da Polícia Militar do Paraná há dois meses, quado o secretário da Segurança, Wagner Mesquita, tentou de tudo (mas não conseguiu) destituir do cargo o atual comandante-geral, Maurício Tortato.
Samir Elias Gehad era, até julho passado, comandante da PM para região Noroeste do Paraná, com sede em Maringá. Despediu-se do cargo ao completar 35 anos de serviços à corporação, tempo limite regulamentar.
Sobre Chehade, uma curiosidade registrada em 29 de abril de 2015, no Centro Cívico. Ele era o comandante da operação militar que confrontou a multidão de professores que ameaçava invadir a Assembleia Legislativa. Na ocasião foi autor de um gesto inusitado: Chehad tomou posse do caminhão de som da APP-Sindicato, levou-o até mais próximo da Assembleia, tirou as chaves do veículo e desapareceu na multidão. Foi destituído do comandado e substituído por outro coronel, Nerino.
Em meio à confusão, enviou mensagem por celular a Nerino e a Francischini, Chehade para se justificar:
“Não vejo como impedir o acesso de pessoas, caminhão de som, montagem de barracas. Nossa missão é garantir que a Assembleia não seja invadida e, caso ocorra, reintegrar a mesma. Outras providências caracterizam abuso de autoridade”
A contratação de Omar, justamente um dos coroneis, pode ser tudo, por ser nada – para parafrasear Zé Beto, blogueiro de grande audiência em Curitiba.