Enquanto as autoridades municipais deliberam sobre as novas medidas a serem tomadas para combater a covid-19 com base nos critérios do sistema de monitoramento em vigor, a Associação Comercial do Paraná (ACP) reafirma, em nota emitida nesta quinta-feira (27), seu posicionamento contrário à adoção de novo lockdown.
Segundo a entidade, a medida, tomada várias vezes em situações de agravamento da transmissão do coronavírus, só profundou a crise no setor de varejo, levando à falência de negócios e ao fechamento de vagas de trabalho, sem resultados efetivos no combate à pandemia. Quem mais sofre são os pequenos.
De acordo com a ACP, o comércio é um ambiente controlado, seguro e devidamente fiscalizado. Mas o mesmo não se verifica no transporte coletivo. “Já sugerimos que se limite a ocupação dos ônibus e que se transporte apenas passageiros sentados, mas os veículos continuam cheios, colocando em risco os usuários”, acrescenta a nota.
Para a entidade, “até mesmo a suspensão total do transporte coletivo seria uma medida menos danosa para a sociedade e para a economia, pois se reservaria o direito de transporte aos trabalhadores dos setores imprescindíveis, como área médica, abastecimento de água, energia, gás, combustível, segurança pública e outros. As empresas procurariam se adaptar para o transporte de seus funcionários”.
Na nota, ACP informa que “reforça sua proposta de um rodízio no funcionamento dos setores de comércio e serviços como alternativa ao lockdown. Só não entrariam no escalonamento aqueles setores considerados imprescindíveis, acabando-se com o conceito de essencial/essencial”.