A santa loucura de Gleisi Hoffmann

(por Ruth Bolognese) – A fragilidade física da senadora Gleisi Hoffmann, tipo mignon, magra, voz de contralto, é um contraste permanente com sua disposição férrea na defesa das teses do PT. Os mais críticos vêm fanatismo onde os companheiros enxergam dedicação à luta e fidelidade aos princípios.
Gleisi suporta tudo em nome de sua opção ideológica, do machismo mais rasteiro ao bloqueio de seus bens pela Justiça. Sem esmorecer.

Gleisi foi a presença constante na conturbada caravana petista pelo país. Se expôs ao perigoso exercício de afrontamento à Justiça e ao Ministério Público na (vã) tentativa de manter a liberdade de Lula.
No último ato petista, em São Bernardo do Campo, no lugar onde esteve desde sempre, ao lado de Lula, por cansaço, emoção ou devoção, enxugou as lágrimas várias e repetidas vezes. Mas não sucumbiu ao radicalismo da massa de militantes e pediu que aceitassem o óbvio: que Lula viria de qualquer jeito para a prisão em Curitiba.

Ontem, na emoção da separação de Lula, ainda na madrugada depois de dois dias insones, Gleisi Hoffmann anunciou que os petistas vão manter uma vigília permanente nas proximidades da Polícia Federal até que o ex-presidente saia da cadeia. Há que se atribuir a anúncio, mais uma vez, à insensatez do momento.

Não há organização, por mais ideológica, por mais militante, convencida de suas crenças, fé ou dogma, que resista em grupo, ao tempo e ao vento, a meses intermináveis de vigília à beira de uma estrada. Gleisi Hoffmann está num estado de santa loucura. Como guerreira que é, deverá repensar a proposta.

Por Lula, pelo PT e por ela mesma.

2 COMENTÁRIOS

  1. Cara Ruth,

    Talvez por alguma afinidade ou admiração ideológica à esquerda, chame o desespero de Santa Loucura ou o desatino de “guerreiro”, mas o que todo o Paraná quer ouvir mesmo sem meias palavras ou frases empoladas é o posicionamento do candidato Osmar Dias sobre a Lava Jato, sobre a prisão de Lula, sobre os processos por corrupção da “guerreira” Gleise Hoffmann e de seu marido, isso para a República de Curitiba e para as populações das cidades paranaenses que enfrentaram as hordas vermelhas da caravana petista é muito importante.

  2. Liberdade para Neilor Toscan
    Liberdade para Paulo Bernardo
    Liberdade para Antonio Palocci
    Liberdade para Leo OAS Pinheiro
    Liberdade para Alberto Yussef
    Liberdade para Andre Vargas

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