(por Ruth Bolognese) – A rica Maringá, terra do agronegócio, do dinheiro sólido e da família Barros, tem um déficit de 3.757 vagas em creches públicas para crianças de até 3 anos. A situação é tão grave, com pais esperando há 3 anos na fila, que o juiz José Cândido Sobrinho, da Vara de Infância e Juventude, deu prazo de um ano à prefeitura pra resolver a situação.
O déficit de vagas em creche em Maringá chama a atenção por várias razões:
1) Em comparação com Curitiba, com quase 2 milhões de habitantes e um déficit de 7.700 vagas, Maringá, com 380 mil habitantes, está passando vergonha
2) Louvada e apresentada pela família Barros, que comandou a cidade por 12 anos ininterruptos, como a cidade de melhor qualidade de vida do Brasil, a falta de creches mostra Maringá como uma falácia quando se trata de atender a população mais pobre
3) Com quase 4 mil crianças sem creches, Maringá detona, também, o discurso inicial da governadora-candidata, Cida Borghetti, que prometeu voltar seu governo para atender as criancinhas e as mulheres do Paraná
4) E, ironia da passagem do tempo, o cunhado da governadora, Silvio Barros, prefeito da cidade por 4 anos, tentou se eleger em 2016 e perdeu, foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), nesta semana, por ter usado dinheiro público para promoção pessoal.