A história da primeira rua só para pedestres

Tempos diferentes aqueles dos anos 1970… Os presidente da República eram militares escolhidos pela caserna. Governadores eram nomeados. Nas capitais, os prefeitos também eram nomeados. O Ministério Público era pouco atento. O Tribunal de Contas, mais ainda. As ongs, como as conhecemos hoje, não existiam. A imprensa era bem comportada. Por razões óbvias, o povo não tinha muita disposição para protestar contra qualquer coisa…

A receita foi perfeita para que o arquiteto Jaime Lerner, o prefeito nomeado de Curitiba, realizasse em um único fim de semana, a primeira de suas obras icônicas: da noite para o dia fechou para o intenso  trânsito de automóveis e transformou para uso exclusivo de pedestres a rua mais importante de Curitiba, a Quinze de Novembro.

Nascia o Calçadão da Quinze (ou Rua das Flores, como queiram). Inicialmente, os comerciantes da Rua não gostaram da novidade, mas depois aplaudiram.

A epopeia seria hoje inimaginável tantos são os controles externos que recaem sobre a administração pública.

O jornalista José Wille relembra aqueles dias de 1972 num documentário que produziu para a TV Bandeirantes e para seu Portal Memoria Brasileira.

1 COMENTÁRIO

  1. Intervenção que ao longo do tempo foi “matando” o pujante comércio que existia na Rua XV. À noite, nos dias uteis, e a partir do sábado à tarde até a segunda feira de manhã a rua tornou-se uma terra de ninguém. Que tal repensar isso, abrindo parte da rua ao tráfego (lento) de veículos justamente nesses horários em que a rua fica deserta? Com a palavra, os Srs vereadores, que há tempos estão devendo propostas de melhorias para a cidade.

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