A família Barros e o futuro

(por Ruth Bolognese) – A governadora Cida Borghetti passou incólume pela derrota eleitoral. Se houve decepção com o volume de votos, abaixo do esperado, não o demonstrou. Recebeu o principal adversário, Ratinho Jr, com a devida deferência no Palácio Iguaçu, a quem abriu generosamente as portas para a transição, e continua a cumprir seu mandato com leveza e simpatia.

Eis aí a imagem pronta e acabada que a família Barros quer consolidar: a de políticos simpáticos, que respeitam os adversários e se aliam a gregos e troianos se isso for importante para eles e para o estado. E também podem deixar à deriva o aliado de primeira linha se isso for contra os próprios objetivos, como bem o demonstraram ao abandonar o ex-governador Beto Richa sentado à beira do caminho.

O fato é que o articulador de todo o processo que levou Cida Borghetti ao governo, o deputado e marido Ricardo Barros, conseguiu formatar o desenho de um grupo político que, a partir de agora, terá voz permanente nas decisões políticas do Paraná.

Depois de “colocar a foto da mulher na galeria da sala dos governadores do Paraná, no Palácio Iguaçu”, frase que ele vivia repetindo para deixar clara a importância simbólica da família Barros assumir o poder, o próximo desafio seria obter uma votação significativa na reeleição. Não foram o “óóóóoh” os 15% obtidos, mas também ninguém passou vergonha.

Na teoria do copo meio cheio ou meio vazio, Ricardo Barros conseguiu passar por duas derrotas em dois anos – a de Maringá, reduto eleitoral familiar, com o irmão mais novo, Silvio Barros, perdendo a eleição pra prefeito, e a do governo do estado – fortalecendo alianças e varrendo pra dentro da barraca eleitoral. Reelegeu a filha, Maria Victória, na Assembleia e ele próprio se reelegeu deputado federal. Os Barros não são citados em nenhuma operação escandalosa e a vida segue.

O futuro da Familia está assegurado na política e, certamente, a estas horas, o chefe do clã, Ricardo Barros, está olhando o mapa do Paraná com olhos de lince. Cerca com exatidão milimétrica o terreno que vai percorrer, silenciosamente, até as próximas eleições. Friamente.

4 COMENTÁRIOS

  1. Este Ricardo Barros é um estrategista incompetente. Perdeu em Maringá. Duas vezes em seguida. Perdeu de lavada na eleição prá governador. A filha só se elegeu por milagre. Fez uma gestão prá lá de medíocre no Ministério da Saúde. E tem bobo que acredita nele! Quanta ingenuidade, meu Deus!

  2. Não encha a bola do RB, ele não irá para o céu…
    Não se esqueça que ele é mandachuva do PP…
    Sabe quem é o PP?
    Ela, a governadora, é do bem, mas o marido…

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