A cinco dias de deixar o cargo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot disse em sua última semana no comando do Ministério Público Federal que não há desculpas para os fatos que vieram à tona, que “a estratégia de defesa tem sido tentar desacreditar a figura das pessoas encarregadas do combate à corrupção”. E alfinetou: “muitas pernas tremem”.
Desde a delação dos executivos da J&F, Janot tem sido alvo de críticas de vários setores, incluindo por parte da defesa do presidente Michel Temer. No discurso, Janot afirmou que há reações “proporcionais” ao avanço das investigações. “Nunca se viu tantas investigações abertas, tantos agentes públicos e privados investigados, processados e presos”. Vem daí a reação em igual escala.