Em 2012, quando a primeira gestão de Beto Richa já caminhava pela metade, o jornalista José Wille entrevistou na Band TV o professor Belmiro Valverde, um sábio administrador público que, do alto de sua experiência, profetizava que o governo estadual já não teria tempo para realizar obras importantes. E lamentava ter lido no jornal que Richa pensava, naqueles dias, criar mais uma secretaria, talvez a de número 40, apenas para acomodar o PMDB – mais uma fonte de gastos improdutivos que servia apenas para fazer política.
Belmiro foi secretário de Planejamento no governo Jayme Canet Jr. – quando havia apenas 11 secretários – mais tarde ocupou a mesma pasta no governo José Richa. Foi também secretário da Educação na gestão de Alvaro Dias.
Vale a pena ouvir com atenção o que pensava Belmiro. Se estivesse vivo (ele faleceu em março de 2014) estaria hoje repetindo as mesmas verdades sobre o segundo mandato de Beto Richa.
(Veja a íntegra no Portal Memória Brasileira, coordenado por Wille)
A lucidez não se expande no Estado, as trevas da incompetência e das nulidades (e da nefasta improbidade) há décadas assumiram os poderes públicos e a sociedade parece que não se dá conta do prejuízo que estão causando. É triste ver que não existe reação a esse estado de coisas.