(por Ruth Bolognese) – O PT aponta o centro e a direita brasileiros como responsáveis pelo golpe em Dilma Rousseff, a dèbacle do Partido e a prisão do ex-presidente Lula como meios para romper o ciclo do mando da esquerda no Pais.
Essa mesma tese pode ser a salvação do ex-presidente Lula para encurtar seu tempo de prisão e até outubro, ou no máximo quando o novo presidente for eleito, ir para uma prisão domiciliar. Passada a eleição sem Lula e sua influência direta, o novo eleito, mesmo sendo o representante da direita mais coxinha que conhecemos, terá de tomar alguma atitude de impacto para promover uma espécie de reconciliação nacional, rompida desde a saída de Dilma Rousseff. E terá, também, o salvo conduto dos vitoriosos nas urnas, dado fundamental que faltou a Michel Temer, por exemplo.
Liberar o ex-presidente de mais um inverno rigoroso em Curitiba será um passo decisivo para mostrar a vocação democrática do Brasil e a tradição do homem cordial. E, principalmente, evitar que a esquerda exerça com vigor o papel de grupo desestabilizador do governo.
Seria uma espécie de acordo nacional, começando com Lula livre e se consolidando no embate politico no Congresso Nacional, factível em qualquer democracia que honre esse nome. Mas tudo isso vai depender da outras variáveis, como a situação econômica do momento e as composições pré eleitorais.
Soltar ou manter Lula ficará pairando no nosso futuro politico por muito.
Dura lex sed lex, minha gente, do contrário isso aqui vai continuar o país da banana nanica. Reconciliação em favor de criminoso lesa-pátria, por favor, é manter na cara o nariz de palhaço.