Collor, o retorno impensável

O senador alagoano do PTC, Fernando Collor de Mello, quer voltar a ser presidente da República. Defenestrado em 1992 enrolado em escândalos pequenos, médios e grandes, achou espaço para se lançar à nova aventura dados os candidatos que aí estão.

<<A que ponto chegamos: Collor candidato!>>

Em 1989, Collor concorreu contra uma penca de políticos de renome e prestígio, como Leonel Brizola, Mario Covas, Aureliano Chaves, Ulysses Guimarães e o então nascente líder sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva. Montado num discurso populista, centrado principalmente no “combate aos marajás”, Collor chegou a segundo turno para disputar com Lula.

Usou todos os truques imagináveis, desde acusar o adversário de milionário porque tinha um aparelho 3- em-1 em casa, até supostos casos de um aborto que Lula teria exigido de uma namorada. Apoiado pela Globo, o lance final foi a edição do último debate na televisão que travou com Lula – e na qual a Globo selecionou com capricho seus melhores momentos.

Ganhou a eleição, tomou posse em março de 1990, confiscou a poupança, prometeu dar um ipon para debelar a inflação galopante num só golpe, brigou com o Congresso. Descobertas as traquinagens que usou para amealhar recursos para a campanha por meio do tesoureiro Paulo Cesar Farias, não demorou muito para Collor se tornar um dos mais odiados presidentes da história do país.

Renunciou ao mandato em dezembro de 1992, horas antes de o Congresso Nacional decretar o inevitável impeachment.

Mesmo com este histórico, disse em discurso que pronunciou nesta sexta-feira (19) em Alagoas:

Digo a vocês que esse é um dos momentos mais importantes da minha vida pessoal. Hoje, a minha decisão está tomada: sou, sim, pré-candidato à presidência da República.”

3 COMENTÁRIOS

  1. Esqueceram Alceni Guerra?
    O Antonio Barbara,
    Onaireves Moura
    Joaquim Santos Filho
    Toni Garcia
    Eduardo Cunha – este no Rio de Janeiro onde Jose Janene foi fazer casa com microempreiteira de Irati
    Max Rosenmann
    Paulo Roberto Cordeiro na Telepar
    Renato Johnsonn
    Marcos Formighieri
    Jorge Nacli na Itaipu
    Fernando Xavier Ferreira na Itaipu
    José Carlos Martinez na rede OM depois CNT

    http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/5/05/brasil/21.html

  2. Mas teve também a Rede OM, do Martinez aqui do Paraná, o apoio do Bamerindus… seja como for quase todo mundo que se envolveu com “elle” acabou pagando com a vida ou com patrimônio. Acho difícil alguém querer chegar perto agora.

  3. O resumo da ópera é este mesmo que o ContraPonto fez. A acrescentar: o trabalho de construção da imagem do collor começou muito antes da eleição com capa de veja e globo reporter , levantando a bola do pretenso “caçador de marajás”..
    No 1º turno desta eleição o curitibano elegeu o affif e no 2º como esperado consagrou o collor, assim como o restante do Paraná.
    O `PR apesar do apoio maciço nunca teve destaque no governo do collor. Na minha memoria fiocu o onaireves , (lembra dele?), que era lider do governo e rindo, votou a favor do impedimento.

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