Diante da confissão do dono da empresa Gestor Político, Eduardo Carmona, de que atuou fortemente nos dias finais do 2.º turno das eleições de 2016 para prefeito de Curitiba, o deputado Ney Leprevost já se reuniu com advogados visando a tomar medidas judiciais para punir os responsáveis pela disseminação de “fake news” de que foi vítima na reta final do 2.º turno, quando concorreu e perdeu para o atual prefeito Rafael Greca.
Além do próprio operador de difusão de informações falsas contra Ney, principalmente por WhatsApp e páginas falsas de Facebook, poderá responder à justiça por crimes eleitorais (e outros) também o profissional que atuou como marqueteiro da campanha de Greca, Marcelo Simas do Amaral Cattani, assim como o próprio eleito, Rafael Greca.
Segundo Eduardo Carmona, que gravou em vídeo para Band TV, era de sua incumbência receber da coordenação da campanha os conteúdos que deveriam difundidos, ao passo que a Carmona cabia comprar cartões telefônicos que se vendem em bancas, registrá-los com CPFs falsos que ele disse poderia obter no Nordeste do país e espallhá-las para tantos alvos quantos fossem contratados.
Carmona revelou que cobrava o mínimo R$ 5 mil por “pacote” de gravações contratadas, mas esse valor poderia atingir cifras astronômicas, dependendo do número de destinatários e da freqûencia com as mensagens deveriam disparadas.
Não há registro nos livros obrigatórios de despesas do candidato RafaelGreca qualquer liberação de valores para uma das empresas que se dedicam ao serviço – a IPFIX, a Gestor Político e Incfan Sistemas & Servicos Ltda., que passam por crivos do TRD para averiguação da regularidade. Donde se deduz que os valores não foram contabilizados – isto é, teriam sido usado fundos de caixa 2.
Até dez dias da eleição, em 4 de outubro de 2014, Ney apesentava-se por larga margem à frente do adversário Rafael Greca.. com pelo menos seis pontos de diferença. Nos dias finais os eleitores foram bombardeados com notícias falsas, o que influiu sobre o resultado final adverso para Ney.
Ezequias Moreira, o homem da sogra, foi o primeiro a complicar a vida do governador e, em seguida, Deonilson Roldo, Fernando Ghione, Juraci Barbosa – os últimos dois foram citados em delações premiadas como receptadores de propina – e agora o milionário petulante, dono do veleiro Odara, um veleiro Beneteau 40 pés (novo, o potente custa em torno de R$ 2,5 milhões) estacionado no Iate Clube de Caiobá. O círculo íntimo de Beto Richa, os poderosos que mandavam e humilhavam jornalistas, empresários e colaboradores partidários estão a um passo da CADEIA. Vale aqui o velho ditado: A CONTA CHEGA. HORA DE PAGAR.