Os vereadores da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) endossaram o pedido de Dalton Borba (Solidariedade) para que o Executivo antecipe as audiências públicas sobre a reestruturação da Rede Integrada de Transporte, marcada para acontecer no segundo semestre de 2025. “Não pode ser uma discussão pró-forma [com a sociedade], apenas para cumprir formalidade [em cima da hora]”, justificou o parlamentar.
A indicação aprovada por Borba não foi considerada polêmica, mas as críticas do vereador ao transporte coletivo de Curitiba, “mais caro do Brasil” e “ineficiente”, foram rebatidas por diversos vereadores durante a sessão plenária. “Se não gosta de Curitiba, fala isso aqui. Não dá para comparar Curitiba com Caucaia, com Paranaguá, com Araucária”, começou Rodrigo Reis (PL), ponderando que seria injusto cobrar que uma cidade com quase 2 milhões de habitantes tenha o mesmo modelo de transporte que municípios menores.
“[Dalton Borba] exagera ao comparar o sistema de ônibus de Curitiba”, disse Tico Kuzma (PSD), concordando com Reis. “Temos que ter orgulho do nosso sistema de transporte público. Agora estamos vendo as obras do Inter 2, para dar maior mobilidade, com financiamento internacional; Temos uma parceria, inédita no país, com o BNDES, para a mudança dos ônibus para a matriz energética mais sustentável. Ficamos tristes com a oposição desmerecendo a cidade em ano eleitoral”, acusou.
“Dentre as capitais, [o transporte de Curitiba] é o melhor”, acorreu Pier Petruzziello, que quis frisar “o esforço do Ogeny [Pedro Maia Neto, presidente da Urbs] para não aumentar ainda mais a passagem”. “Não dá para esperar um discurso diferente da base de apoio”, retrucou Dalton Borba, destacando que, se houve preocupação do Executivo em não reajustar a passagem de ônibus neste ano, “como fica o ano que vem?”.