O vereador curitibano Dalton Borba (PDT) está questionado os sucessivos repasses de verbas públicas para as empresas do transporte coletivo de Curitiba. Segundo ele, somente neste ano já foram repassados R$ 287 milhões às empresas, sendo R$ 174 milhões aprovados nesta terça-feira (31) em segundo turno pela Câmara Municipal de Curitiba (CMC) e R$ 113 milhões transferidos ao Fundo de Urbanização de Curitiba (FUC), por meio de sete decretos assinados pelo prefeito Rafael Greca.
Borba, que foi contra a aprovação do projeto na CMC, protocolou mais dois pedidos de informações ao município acerca da operação do sistema de transporte coletivo no município.
Para o vereador, é preciso uma auditoria externa para apurar os dados reais que constam nas planilhas encaminhadas à Câmara Municipal, já que esses dados são fornecidos pelas empresas de transporte, com tímida participação da Urbs. “Esses dados não são fornecidos com base num órgão imparcial, as empresas que disponibilizam isso. Nós não conseguimos apurar nunca aqui na Casa, se essa “dinheirama” toda que vai para o transporte serve para custear a operação e a execução do serviço, ou se vai para alimentar os lucros das empresas concessionárias do transporte coletivo. O que eu questiono aqui é o elemento de ordem técnica, não podemos conceder recursos públicos nesse monta com base nos dados que são fornecidos unilateralmente. No mínimo seria necessário uma auditoria externa nas planilhas de custos apresentadas pela Urbs”, destacou.
De acordo com Dalton Borba, a atual concessão e contratação do sistema termina em 2025, e haverá necessidade de nova licitação para a concessão do transporte público, cujo serviço é fundamental para dar acesso à cidade e mobilidade de toda a população, sendo indispensável a prestação do serviço com qualidade e eficiência, sem onerar o município com repasses de recursos públicos às empresas para manter o serviço funcionando, como ocorre no atual contrato do transporte coletivo.