Vereador quer segurança privada e armada em escolas e CMEIs de Curitiba

Está em tramitação, na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), projeto de lei que pretende criar o Programa Municipal de Vigilância Privada Armada nos estabelecimentos que integram a rede municipal de educação da capital. De iniciativa do vereador Rodrigo Reis (União), a proposta cria diversos dispositivos que pretendem levar mais segurança às escolas, conforme defende o vereador.

Uma das primeiras obrigações elencadas é a presença de ao menos um vigilante portando arma de fogo. Os vigias devem ter carga horária diária de seis horas, cobrindo dois turnos, das 7h às 13h e das 13h às 18h. A instituição de ensino que avaliar a necessidade de mais vigilantes deverá informar dados de violência e vulnerabilidade da localidade para a Secretaria Municipal da Educação (SME).

Todos os anos, ao menos 80% dos funcionários, tanto das escolas como dos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), deverão receber treinamento para identificar sintomas ou condutas indicativas de problemas relacionados à saúde mental de crianças e adolescentes. O projeto atribui à SME a responsabilidade sobre disciplinar e regulamentar o treinamento previsto, podendo estabelecer parcerias com outros órgãos públicos e privados.

O projeto de lei também delega à Secretaria Municipal da Defesa Social e Trânsito a função de registrar ocorrências de violência, ameaças e comportamentos agressivos. Já a Secretaria da Educação deverá estabelecer diretrizes e critérios para a seleção e treinamento dos seguranças indicados pela empresa, a ser contratada por meio de processo licitatório, para atuarem nas unidades de ensino.

Como justificativa do projeto de lei, Rodrigo Reis cita os casos de ataques a escolas, como em Blumenau (SC), São Paulo (SP) e em Cambé (PR). “Os episódios acima, somam-se à extensa lista de ataques a escolas nos últimos anos e colocou 2023 como o ano que mais registrou episódios de violência com sete ataques, seguido por 2022 com seis, e 2019 com três casos”, citando levantamento feito pelo Instituto Sou da Paz, o qual criou a primeira campanha de desarmamento do país. (Foto: Carlos Costa/CMC).

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