A Câmara Municipal de Curitiba aprovou nesta quarta-feira (16), requerimento apresentado pelo vereador Dalton Borba (PDT), com a sugestão de ato administrativo ao município, para que realize estudos técnicos e de impacto financeiro e orçamentário para apurar a viabilidade de redução ou manutenção do preço da tarifa do transporte coletivo de Curitiba.
A expectativa é que ocorra o reajuste do valor da passagem de ônibus no município no mês de março, já que no dia 28 de fevereiro vence o prazo do Regime Emergencial de Operação e Custeio do Transporte Coletivo, aprovado em maio de 2020, durante a pandemia da Covid 19, e acontecem também as negociações salariais entre o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de ônibus de Curitiba e região metropolitana e às empresas, que devem impactar também no valor da tarifa.
O preço da passagem de ônibus no município está custando R$ 4,50 , o valor está congelado desde maio de 2020, quando entrou em operação o regime emergencial do transporte coletivo, com o aporte de recursos públicos do município e do governo do Estado para às empresas que operam o sistema. Segundo dados da Urbanização de Curitiba (URBS), que gerencia o transporte coletivo, o município repassou até agora às empresas de ônibus o valor de R$ 327, 6 milhões, para manter o sistema operando em razão da queda de passageiros provocada pela pandemia da Covid 19. De acordo com dados da Urbs a pandemia provocou uma queda significativa no número de usuários, no dia 10 de março de 2020, antes do início da pandemia, o número de passageiros/dia foi de 756 mil e 167 pessoas, e no dia de ontem, 15 de fevereiro, o número de usuários registrado pelo sistema foi de 515 mil e 155 passageiros. A proposta do vereador Dalton Borba (PDT) com a redução ou manutenção da tarifa, é incentivar o uso do transporte público, e melhorar a mobilidade no município de Curitiba. Para Borba, o reajuste da tarifa nesse momento vai fazer o transporte coletivo do município perder ainda mais passageiros, pois o aumento da passagem tem grande impacto na economia doméstica de todos os cidadãos que utilizam o sistema, e também das empresas que pagam o vale transporte. “Curitiba é uma das capitais com maior inflação nos últimos meses, com reflexos diretos na alimentação, habitação e outras despesas. E, é nessa esteira que o meu requerimento sugere que o município realize estudos de viabilidade e de impacto orçamentário-financeiro, para avaliar a possibilidade de redução ou manutenção da atual tarifa praticada no transporte público de Curitiba. Veja o exemplo de Maringá, onde a prefeitura decidiu reduzir em R$ 1, 00 o valor da tarifa do transporte coletivo, porque o executivo decidiu pagar um subsídio de algumas gratuidades, isso para estimular o uso do transporte público na cidade.” destacou.