Um dia antes de deixar a Câmara Municipal de Curitiba para ser empossado pelo prefeito Rafael Greca na presidência da Fundação de Ação Social (FAS), o vereador Thiago Ferro, do PSDB, apresentou projeto para conceder o título de Cidadão Honorário ao bispo Cirino Ferro, da igreja Sara Nossa Terra.
Na justificativa do projeto, Ferro fala sobre Ferro:
Justifico esta homenagem por respeito e admiração a este ilustre cidadão, que tanto tem honrado a nossa cidade, família e ao nome do Deus. A liderança exercida por nosso homenageado é inquestionável e limpidamente visível aos olhos da comunidade Cristã de Curitiba. Isto só vem a enaltecer o espírito fraternal e a cordialidade entre os milhares de amigos e admiradores deste valoroso homem e embaixador do amor ao próximo.
Seria apenas mais uma entre as centenas de honrarias que os vereadores costumam oferecer não fosse o fato de que Thiago Ferro, o homenageante, é filho de Cirino Ferro, o homenageado. E se Thiago Ferro não fosse pastor da igreja Sara Nossa Terra e Cirino Ferro não fosse bispo da mesma congregação evangélica.
Aconselhado por amigos sobre, digamos, a impropriedade da proposição de homenagem ao próprio pai, o filho-vereador acabou pedindo a retirada do projeto. Mesmo assim, a tentativa ficou registrada nos anais da Câmara Municipal sob n.º 006.00004.2019., com direito à transcrição do currículo completo do homenageado.
O episódio não embaça a carreira de Thiago Ferro. Amigo e correligionário de Beto Richa, ele foi um dos poucos presentes ao ato de solidariedade promovido pela campanha do PSDB dois dias após o habeas corpus concedido por Gilmar Mendes para tirar o ex-governador da prisão que sofrera em 11 de setembro do ano passado. Na condição de pastor, impôs as mãos, orou e abençoou Beto.
Agora, recebeu de Rafael Greca a nomeação para presidir da FAS, feudo já ocupado por Fernanda Richa e disputado pela primeira dama Margarita Sansone com doses de rivalidade. Aparentemente, com a indicação de Ferro para o posto, Fernanda parece ter ganhado a parada. E duplamente: abriu-se uma vaga na Câmara, para a qual foi chamado o suplemente Edson do Parolin, auto-proclamado afilhado pessoal e político da ex-primeira dama do estado.
Vejamos, ao Eric Victor o Thiago Ferro, não é dublê de Pastor tão pouco de Vereador, só observar que seu Gabinete é um dos mais eficazes daquela Casa. Ao João a Impessoalidade não é uma questão é um principio, e ao indicar uma Liderança Religioso para receber uma Homenagem por mais que seja seu próprio pai não se está ferindo tal principio, pois a indicação seja analisada por terceiro antes de ser concedida ou não. Boechat, excelente repórter no entanto ateu,então não há o que se falar, Silas continua vivo, e Boechat sabe-se lá em que eternidade está, nem noticia o mesmo mais é. E você caro Valdir, com que ferro Thiago lhe feriu? Porque até agora o caminho do menino Ferro tem sido bem mais altaneiro que o seu. E ao caro escrito do Contraponto, vida que segue.
Quem com FERRO fere, com FERRO será ferido….
O que disse Boechat para o Maafaia serve pro pastorzinho curitibano.
A questão de impessoalidade deveria ser respeitada, o que mais fará para seu próprio benefício?
Se o dublê de vereador/pastor nutre tanta admiração pelo pai/bispo (???) bem poderia poupar-nos de compartilhar tão louvável e particular sentimento, homenageando-o no dia apropriado, em agosto. Sem noção.