O vereador Dalton Borba (PDT) está atento aos repasses orçamentários às empresas do transporte coletivo de Curitiba. Borba encaminhou dois pedidos de informações à Prefeitura sobre a justificativa apresentada pelo prefeito Rafael Greca para repassar mais R$ 174 milhões para o transporte coletivo municipal em 2022. Segundo dados da Urbanização de Curitiba (URBS) o município já repassou às empresas de ônibus o valor de R$ 327, 6 milhões, para manter o sistema operando desde o início da pandemia em 2020.
Para o vereador Dalton Borba, falta transparência nesse novo pedido de suplementação orçamentária de mais de R$ 174 milhões para cobrir o déficit orçamentário do transporte coletivo em 2022. “Encaminhei ao executivo dois pedidos de informações para esclarecer inclusive o porquê do atraso do repasses dos salários dos cobradores e motoristas, já que havia um indicativo de greve devido ao atraso no pagamento dos salários. O cidadão não pode ser prejudicado no seu direito de ir e vir. O município está fazendo os aportes financeiros e os repasses desde 2020, já foram mais de 327 milhões repassados ao transporte coletivo. O que vemos aqui em Curitiba é uma torneira aberta vazando dinheiro público para às empresas de ônibus. E o que me preocupa é que os projeto e os pedidos vêm sem um estudo aprofundado, sem um processo administrativo, só vêm com a documentação formal, não há uma prestação de contas e um estudo aprofundado sobre isso”, destaca.
O projeto de lei que prevê o crédito adicional suplementar de R$ 174.113.500 para mais um repasse orçamentário ao sistema de transporte coletivo de Curitiba foi incluído na ordem do dia da sessão plenária de hoje, 16, para que os vereadores possam apresentar emendas ao projeto original do executivo nas três sessões plenárias consecutivas desta semana. Após esse trâmite, a proposição volta a ser analisada na Comissão de Economia, antes de seguir para votação em plenário. Esse projeto prevê o remanejamento de R$ 174.113.500 da Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Orçamento para o Fundo de Urbanização de Curitiba. Trata-se de um crédito adicional suplementar, cuja maior parte, diz a justificativa do projeto, assinada pelo prefeito Rafael Greca, servirá para “atender despesas com a equalização da diferença entre a tarifa social de R$ 5,50 e a tarifa técnica de R$ 6,3694, no exercício de 2022”.