Uma semana perigosa para Temer

O Palácio do Planalto teme a falta de quórum, nesta curta semana do feriado de 7 de setembro, para aprovar projetos de seu interesse. Com esse receio e na expectativa de enfrentar uma segunda denúncia criminal nos próximos dias, o presidente Michel Temer (PMDB) pediu a ministros que cobrem presença de deputados e senadores aliados no Congresso.

A falta de quórum tende a paralisar também o andamento da reforma política. Falta apenas um mês para que mudanças na lei eleitoral sejam aprovadas e façam efeito para a eleição do ano que vem. Não há consenso possível para que qualquer das propostas apresentadas alcance o mínimo de 308 votos necessários na Câmara para que, depois, ainda sigam para aprovação no Senado. Tudo indica que nada vai mudar em 2018. Nem distritão, nem fundão, nem cláusula de barreira para partidos insignificantes…

Temer está na China e deve desembarcar no Brasil na quarta-feira, 6. Convencido de que precisa “curar” as feridas em sua base de sustentação no Congresso, o presidente prometeu se reunir novamente com os líderes de partidos logo que retornar da viagem, na tentativa de resolver os problemas.

Para auxiliares de Temer, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentará uma nova acusação nos próximos dias e a estratégia do Planalto prevê forte reação política da base para desqualificar o chefe do Ministério Público. Falta, porém, combinar com os aliados, que exigem “compensações” como cargos em ministérios e secretarias para renovar o apoio a Temer.

(com O Estado de S. Paulo)

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