Uma perguntinha

Parte do processo que envolve a Operação Quadro Negro corre no Supremo Tribunal Federal (STF) por uma única razão: porque entre os investigados encontra-se alguém detentor de foro na mais alta instância. Não é o caso do governador nem do conselheiro (que responderiam perante o STJ), nem dos deputados estaduais. Por exclusão, deve ser porque um deputado federal – que tem foro no STF – foi indiciado.

No sábado, a coluna Radar, da revista Veja, informou que o dono da Construtora Valor, Eduardo Lopes de Souza, principal delator do esquema de desvios de verbas da Educação, teria citado o ministro (e deputado federal) Ricardo Barros. Uma perguntinha: seria esta, então, a causa de a Operação Quadro Negro ter ido parar no STF?

Barros desmente qualquer envolvimento e nega também tenha pedido à empreiteira para contratar serviços de seu cunhado, Juliano Borghetti (irmão de Cida, sua mulher) em troca de qualquer vantagem. O advogado de Juliano também nega a participação do cliente na fraude da construção de “escolas fantasmas”.

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