Uma crítica por vias tortas

O procurador federal Carlos Fernando Santos Lima, um dos mais falantes membros da força-tarefa que comanda a República de Curitiba, criticou a escolha do delegado Fernando Segóvia para chefiar a Polícia Federal. A nomeação de Segóvia, anunciada nesta quarta-feira por Michel Temer (PMDB), teria sido avalizada pelo PMDB por influência do ministro Elizeu Padilha, investigado na Lava Jato. O novo delegado teria laços também com o ex-presidente José Sarney, igualmente do PMDB, desde os tempos em que serviu à PF no Maranhão.

O que fez Santos Lima? Publicou no Facebook uma “lembrança” dos tempos de Watergate, quando o então presidente Richard Nixon tentou obstruir as investigações do FBI sujeitando o diretor interino Pat Gray, nomeado após a morte do lendário Edgar Hoover.

Santos Lima escreveu assim:

O filme “Mark Felt, O Homem que derrubou a Casa Branca” fala sobre a história do escândalo Watergate e possui evidente interesse a todos que gostam da história das grandes investigações. Sempre se pode aprender algo para situações atuais.
O mais interessante foram as contínuas tentativas da Casa Branca, inclusive do próprio Richard Nixon, em obstruir as investigações.
Para isso a Casa Branca usou da sujeição do diretor temporário do FBI, a Polícia Federal americana, Pat Gray, nomeado após a morte de Hoover, aos interesses do grupo de conspiradores.
Mesmo assim, diante da resistência da corporação policial e das revelações sobre as obstruções à investigação, esse diretor temporário do FBI acabou não sendo confirmado no cargo, tendo respondido diversas inquéritos a respeito.
Ao final, as autoridades da Casa Branca envolvidas foram acusadas por obstrução de justiça e conspiração, e Richard Nixon acabou tendo que renunciar ao cargo mais importante do mundo.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui