(por Célio Heitor Guimarães, no blog do Zé Beto) – Sujeitinho cara de pau este atual ocupante do Palácio Iguaçu! Em sete anos de (des)governo, não realizou nada, não tem o que mostrar. No entanto, eis que, de repente, surge no vídeo paranaense e em jornais do interior do Estado um desfile de bem acabadas (e caras) peças publicitárias dando conta de inúmeras e proveitosas realizações do menino Richa, já cognominado de sir Charles Albert Richard, tão estiloso quanto farsante tem sido.
Ano eleitoral é fogo! Político e/ou administrador público que quer continuar usufruindo do voto do eleitor, precisa mostrar serviço ou, melhor, o serviço realizado. E é aí que as coisas complicam para o nosso Carlos Alberto. Não há o que mostrar. Ele foi eleito (e reeleito) amparado na memória do pai, o velho José. E só. Sete anos depois, apenas colecionou complicações envolvendo gente muito próxima do seu gabinete. Primeiro, foi aquela de entregar as Relações com Investidores da Sanepar a Ezequias Moreira Rodrigues, que respondia a dois processos abertos pelo Ministério Público – um por peculato e outro por improbidade administrativa; e conferir a direção de Relações Institucionais e Comunitárias da Companhia de Habitação do Paraná, Cohapar, ao advogado Nelson Cordeiro Justus, filho do então presidente da Assembleia Legislativa do Estado e também investigado pelo MP por improbidade administrativa.
Depois, vieram a “Operação Voldemort”, estrelada pelo primo não tão distante do governador, Luiz Abi Antoun; a “Operação Publicano”, protagonizada por Marcio de Albuquerque Lima, chefe da Receita Estadual de Londrina e co-piloto de corridas do pequeno Beto; a “Operação Quadro Negro”, revelando a conduta pouco republicana de Maurício Fanini, companheiro de viagens internacionais do marido de dona Fernanda.
O início do segundo mandato foi marcado pela célebre “Batalha do Centro Cívico”, em abril de 2015, quando os cassetetes dos policiais acertaram a professorada e outros servidores públicos em greve contra o “pacotaço” de maldades do governo e o não-cumprimento de promessas assumidas pelo dirigente com o funcionalismo.
No momento, a Polícia Federal desencadeia a “Operação Integração”, braço paranaense da “Operação Lava-Jato”, que já colocou no xadrez Nelson Leal Jr., Diretor-Geral do DER/PR e aliado do governador desde a época em que ele era prefeito de Curitiba, e está de olho pregado no assessor da Casa Civil do governo estadual, Carlos Nasser, por suspeita do recebimento de propina de empresas ligadas ao pedágio, entre as quais a Econorte e a Tucuman.
Obra, que é bom, nenhuma. Só virtual ou na propaganda ilusória, paga com o dinheiro do contribuinte e onde se afirma um investimento de R$ 1,7 bilhões do governo (!) no “Maior Programa de Duplicação e Recuperação de Rodovias da História do Paraná”. Tais obras, incluindo as duplicações das BRs 376, 323 e 277, na verdade, foram, estão sendo ou serão realizadas pelas concessionárias do pedágio rodoviário.
Na última semana, o pequeno Richa foi fotografado “lançando a pedra fundamental” da duplicação da BR-369, entre Jataizinho e Cornélio Procópio. A rodovia é administrada pela Econorte, exatamente aquela envolvida na “Operação Integração”. E caberá a ela realizar a dita duplicação, não com “investimentos do governo”, mas por obrigação contratual, com o dinheiro que arrecada com as tarifas exorbitantes pagas pelos usuários da rodovia.
Quer dizer, como bem registrou o sempre vigilante Celso Nascimento, no seu Contraponto, “caso típico de apropriação indébita”, através do que se pode chamar “propaganda enganosa”. Indivíduo corajoso esse governador! CONAR nele! (Para quem não sabe, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária é uma organização civil fundada em São Paulo, em 1950, com o propósito de evitar a veiculação de anúncios e campanhas de conteúdo enganoso ou ofensivo.
Mas não é só: nos anúncios oficiais e em folhetos distribuídos na praça de pedágio da BR-277, sentido litoral, o dinâmico inquilino do Iguaçu anuncia ainda a “engorda” da praia de Matinhos, a duplicação de avenidas, construção de binários, a dragagem de rios, ciclovias, paisagismo… e a tão sonhada ponte ligando Caiobá a Guaratuba. Ainda no primeiro semestre do corrente ano!…
Como se vê, Carlos Alberto é um governador sem obras, mas cheio de certezas. Menos uma: ainda não sabe se permanece no trono até o fim do mandato ou disputa uma vaga no Senado ou na Câmara dos Deputados. Quer um conselho, excelência? Vá para casa fazer preces para que aquelas “Operações” todas, acima referidas, desencadeadas pelo MPE e TCE, e pela PGR e Polícia Federal não alcancem a vossa augusta figura.
Cara… lendo o texto do Carlos Heitor, eu me pergunto????? Com tanta irregularidades.. e são….. aonde estavam os órgãos de controle ( custam uma fortuna) a ALEP, o TCE, o MP…. E vamos considerar que na Batalha do Centro Civico, o MP inocentou o betinho…..Assim, o Povo tem que começar a organizar a guilhotina….
O beto (b minúsculo mesmo) inaugurou obras do PAC realizadas com dinheiro federal, leia-se Dilma, cantando de galo como se fosse ele o responsável pelas obras e afins, sem falar nas mamatas distribuídas para os amigos nos conselhos das empresas estatais e de economia mista, mas vai se eleger, pois o povo é BURRO, CEGO, ANALFABETO, ACOMODADO, VENDIDO !!!
Que exagero! Mas a política e o jornalismo estão complicados mesmo. Ninguém consegue enxergar boas coisas em nada se não corresponde ao seu lado . Não caracterizaria dessa forma. Erros e acertos! Muito pejorativa e olhando apenas o lado que se quer!
Só não esqueça que Nelson Leal, Dallazem, Ezequias, Luiz Abi, etc.. são fatos dessa gestão, que acompanham o menino richa desde a prefeitura, então não tem exagero nenhum, tem fatos e mais fatos de corrupção que cercam essa criança desde que assumiu a prefeitura.
Disse tudo, o Carlos Heitor Guimarães, e não faltou o bom conselho final, ao pior governador que já passou pela cadeira do palácio, o já proverbial governador-família do Paraná, que vem custando aos bolsos já rotos dos paranaenses (e também dos curitibanos), mais de um milhão/ano pois ele administra esses desmandos junto com irmão, esposa, filho, a par de uma legião de nepotes.